Por que é ainda tão difícil internalizar a cultura da inovação?

Muitas vezes nos deparamos com essa dúvida quando olhamos para as empresas tradicionais. Por que elas insistem em fazer as coisas como sempre fizeram, ou ainda, acreditam que o que deu certo no passado ainda é receita de sucesso para o futuro, mesmo num cenário em que todo o resto aponta o contrário?

Empresas foram criadas para evitar riscos, para tomarem sempre as melhores decisões e com menor chance de erro. Isso, historicamente, vem sendo acompanhado de planejamentos sólidos, pautados em processos claros, definidos, estruturados.

E, ao evitar riscos, evitavam também a inovação. A aversão ao erro, à decisão equivocada culminavam quase sempre em segurança e estabilidade. O pensamento linear sempre foi supervalorizado.

A tradição muitas vezes se coloca como obstáculo, pois geralmente está associada a operações complexas, com muitas regras, hierarquia e muita lentidão na tomada de decisão. As empresas costumam ficar presas nas armadilhas do seu próprio sucesso, deixam de ser inovadoras e perdem a capacidade de se manterem perenes no mercado.

No entanto, estamos numa era completamente nova. Saímos de uma era em que a escassez era certeza. As projeções feitas, levando-se em consideração os recursos existentes e o crescimento populacional x consumo, eram (e ainda são) simplesmente catastróficas. Porém, o que vemos hoje são alternativas antes impensáveis.

Compartilhamento de bens e estruturas, crowdfunding, startups, co-criação, tecnologias exponenciais. Todas novas perspectivas transformaram a percepção de escassez em provável abundância. E, com isso, a aversão ao risco, ao sentimento de carência de recursos passa a ser visto com olhos menos desastrosos.

A indústria deve então passar a não se basear na escassez e começar a desenvolver o mindset de abundância. E para isso, abandonar o velho jeito de fazer as coisas e trazer pessoas de fora para repensarem seus negócios, pois é por meio delas que geralmente ocorrem as inovações disruptivas. Elas geralmente acontecem pelas mãos de quem não está contaminado pelo jeito de ser e da forma “que sempre foi” das empresas.

E com elas, vem também uma nova forma de pensar e de agir. Algumas resistem, pois ainda não estão prontas para mudar de patamar. Mas, começam a sentir na obsolescência, a dor de não repensar como agir na nova era, em que o risco assumido (e que pode resultar num fracasso calculado) pode ser o primeiro passo efetivo para a inovação. Elas começam a entender que o risco é inerente aos desbravadores e que o medo é parte do processo e, na pior das hipóteses, o que sobra é aprendizado.

Em outubro, o Grupo BITTENCOURT realizará o 9º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, que vai tratar exatamente das transformações no mundo dos negócios que passam a integrar verdadeiras PLATAFORMAS EXPONENCIAIS. Ou seja, a transformação e a sinergia entre os mais diferentes canais e segmentos como o único caminho a ser seguido para efetivamente exponenciar resultados e fazer a transformação efetiva para a nova era acontecer. Convido todos a estar conosco nos dias 2 e 3 de outubro em São Paulo, vamos lá?

*Imagem reprodução

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