O crescimento da economia dos EUA deve desacelerar um pouco à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tenta controlar a inflação nos próximos meses, mas os consumidores continuarão comprando. A previsão foi feita pelo economista-chefe da NRF (National Retail Federation), Jack Kleinhenz, na edição de maio da Revisão Econômica Mensal da NRF.
Hoje, os juros dos EUA estão entre 0,25% e 0,5% ao ano e a expectativa é de uma alta mais forte. Amanhã o Fed deve elevar a taxa em mais 0,5 ponto.
“O aperto do Fed deu início a um novo ciclo de ajuste e as perspectivas para as taxas de juros têm consequências para consumidores e empresas, mas a força e o impulso subjacentes dos setores de consumo e negócios provavelmente compensarão uma desaceleração modesta e devem deixar a economia movimentada neste ano”, disse Kleinhenz.
Kleinhenz destaca que, apesar das preocupações dos consumidores com a inflação e a guerra na Ucrânia, as finanças domésticas permanecem fortes. Como exemplo, ele cita o aumento de 4% nas vendas do varejo em março, em relação ao mesmo período do ano passado.
“Isso mostrou que os consumidores têm disposição e capacidade de gastar como resultado do crescimento do emprego, ganhos salariais e riqueza acumulada durante a pandemia, além de baixas obrigações financeiras em relação à renda.”
Ele acredita que embora ainda forte, a inflação deve desacelerar em 2022. O “primeiro sopro” da inflação atual veio em abril de 2021, quando o Índice de Despesas de Consumo Pessoal, do Bureau of Economic Analysis, saltou 3,6% em relação ao ano anterior, o dobro da taxa no início de 2021 e a maior em 13 anos. O Fed espera agora que a inflação termine 2022 em 4,3%, mesmo com os números deste ano “voltando” ao crescimento do ano passado.
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