A Lojas Renner apresentou lucro líquido de R$ 230 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado foi 36% menor do que o visto no mesmo período de 2023. Segundo a companhia, a queda se deu em razão da “menor geração operacional dos segmentos de varejo e serviços financeiros”.
A companhia cita ainda a menor alíquota efetiva de IRCS, em função do reconhecimento de incentivos fiscais como subvenção para investimentos.
O Ebitda Ajustado Total ficou em R$ 482 milhões, com queda de 31% sobre o apresentado um ano antes. A companhia afirma no release de resultados que esse declínio se deu, também, essencialmente em função do menor desempenho dos segmentos de varejo e serviços financeiros.
A empresa diz que observou durante o trimestre, especialmente nos meses de abril e maio, um cenário mais desafiador de vendas. “Sobre o evento de Mães, foi alinhado à dinâmica geral do trimestre e com clientes buscando produtos com menores tíquetes e comprando menos itens por sacolas. O mês de junho, por sua vez, apresentou desempenho superior, com crescimento de peças ante o ano anterior”, escreve a gestão.
A receita líquida de varejo da companhia foi de cerca de R$ 3 bilhões, com queda de 6% sobre o apresentado no segundo trimestre de 2022. “O contexto macroeconômico ainda desafiador, com inflação acumulada, juros elevados e inadimplência pressionada, seguiu afetando o poder de compra e comportamento dos clientes. Esse impacto foi mais pronunciado nas lojas de perfil popular, que estão expostas a consumidores mais sensíveis a preço”, explica a empresa.
A empresa argumenta, porém, que a forte base de comparação do mesmo período do ano passado também influencia a queda. Há um ano, houve crescimento expressivo dos volumes de vendas, com alta de 40,6% ante o ano anterior, devido à combinação de demanda reprimida pós-pandemia e condições climáticas favoráveis para a venda da coleção de inverno, “cuja dinâmica foi diferente neste ano”, diz a varejista.
Serviços financeiros
As receitas dos serviços financeiros líquidos de custos de captação foi de R$ 488 milhões, com alta de 15%. As perdas líquidas, por sua vez, seguiram impactadas, “em razão da continuidade do contexto macroeconômico mais difícil e do alto endividamento das famílias, resultando em maior provisionamento de perdas do portfólio em atraso, garantindo as coberturas necessárias”, diz a gestão da Renner em seu release de resultados.
A companhia afirma que este comportamento foi mais acentuado em safras com mais de 12 meses e, nas safras mais recentes, “seguiu-se percebendo melhor comportamento de crédito”.
A companhia afirma, porém, que em junho houve melhora na inadimplência da Realize, principalmente na formação de saldo acima de 90 dias (NPL90 formation), que ficou entre os menores patamares dos últimos 15 meses. As contas vencidas representaram 28,6% da carteira total da Realize no segundo trimestre, frente a 24,3% no mesmo período de 2022.
Com informações de Estadão Conteúdo
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