Crise econômica faz cair o número de lares com pets e a frequência de compra de ração

Número de lares com três ou mais cachorros passou de 21,2% para 14,5%

Crise econômica faz cair o número de lares com pets e frequência de compra de ração

Após o pico de compra e adoção de pets durante isolamento social, os lares com animais de estimação diminuíram 2,9% no Brasil. Enquanto entre os meses de março de 2020 e 2021 os lares com três ou mais cachorros representavam 21,2% do share, entre 2021 e 2022 são apenas 14,5%. Já as casas com apenas um cachorro são hoje 10% a mais do que ano passado.

A crise econômica pode explicar esse movimento, já que o gasto médio com pets apresentou um salto de 129% entre 2020 e 2021. Segundo o estudo Domestic View 2022, da Kantar, para adaptar o orçamento com a chegada de um novo companheiro, as casas com animais de estimação passaram a gastar uma parcela menor do seu orçamento com alimentação dentro do lar (34%) do que aquelas sem bichinhos (37%). Também reservaram uma quantia menor para custos com serviços públicos – 13% versus 14%.

O estudo aponta que muitos tutores estão deixando de alimentar seus pets com comidas caseiras e optando pelas industrializadas, um indício de escolhas por praticidade neste novo momento que estamos vivendo.

No pré-pandemia as rações industrializadas para cães representavam 35,8% do share e nos últimos 12 meses terminados em março foram 43,8%. As comidas preparadas em casa eram 15,9% e hoje retraíram para 11%.

Já o mercado de ração para pets registrou aumento de 16,6% em compradores nos últimos 12 meses terminados em março de 2022, porém, a frequência caiu 11,9%, o que pode ser explicado pelo aumento do preço médio em 12,8%. O volume comprado se manteve estável no período.

Os compradores das casas com apenas um pet foram os que mais contribuíram positivamente para o mercado de ração para cães e gatos, com 36,9% e 45,8%, respectivamente.

Destaque para o e-commerce

Os canais de venda cash&carry, e-commerce e os pontos de venda especializados, como petshop e granjas, são os que vêm ganhando mais espaço nesse mercado, com destaque para o comércio online, que registrou um incremento de78% em valor e 42% em volume vendido.

Os compradores de internet adquirem maior volume por compra – 5 kg a mais do que a média, com um tíquete médio de R$ 105, enquanto a média de outros canais é de R$ 34.

Imagem: Shutterstock

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