Arezzo vai à Bolsa e capta R$ 830 milhões para investir em expansão

Foi a primeira captação da companhia desde o seu IPO há 11 anos

Arezzo&Co: lucro líquido ajustado é de R$ 102,7 mi no 4º trimestre, queda de 7,1%

Com o objetivo declarado de se tornar um ecossistema de moda, a Arezzo, ainda conhecida pela sua marca de calçados, acaba de colocar R$ 830 milhões no caixa após realizar sua oferta subsequente de ações (follow-on) na Bolsa brasileira. A empresa de Alexandre Birman deixou claro, em encontro com investidores ao longo do processo de captação, que pretende financiar sua expansão via aquisições.

Os objetivos da nova oferta estão relacionados ao crescimento da empresa, tanto orgânico quanto por aquisições. Entre os investimentos previstos, diz a Arezzo, estão abertura de lojas, aumento da capacidade logística, tecnologia e capacidade fabril – neste último quesito, a empresa ainda tem presença limitada, pois atua principalmente no varejo. Aquisições também estão no radar.

A ação teve o preço definido em R$ 82,35, com a demanda superando o volume da oferta em seis vezes, conforme fontes. Investidores estrangeiros ficaram com cerca de 40% do volume. O lote adicional foi vendido por causa da alta demanda entre investidores. Foi a primeira captação em Bolsa da companhia desde seu IPO (oferta inicial de ações), há 11 anos.

Aquisições recentes

A capitalização foi concluída dois meses depois de a empresa anunciar a aquisição da marca Carol Bassi, por R$ 180 milhões – transação que marcou sua entrada no segmento de moda feminina. A empresa já havia comprado a Reserva, de roupas masculinas, em 2020. Adquiriu também marcas menores, como Troc (brechó virtual), MyShoes e BAW.

Depois de vários meses negativos para o mercado de renda variável brasileiro, o início de 2022 tem sido melhor, com auxílio de investidores estrangeiros. Assim, mesmo que a aversão ao risco esteja afetando empresas que desejam estrear na B3, existe espaço para as ofertas de empresas já listadas, como a Arezzo. A oferta foi coordenada por BTG Pactual, Bofa, XP, Santander e BB UBS.

Com informações de Estadçao Conteúdo

Imagem: ShutterStock

 

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