Guedes volta a falar em incentivos para Tesla, Amazon e Google na Amazônia

Objetivo, segundo ele, é que empresas possam se instalar na Amazônia e desenvolver na região a "Selva do Silício"

Guedes volta a falar em incentivos para Tesla, Amazon e Google na Amazônia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu novamente que é preciso transformar a “vocação” da Amazônia para que a região se torne a “capital mundial da economia verde e digital”. Ele voltou a falar em isenção de impostos a empresas de tecnologia, como Tesla, Google e Amazon, para que elas possam se instalar na Amazônia e desenvolver na região a “Selva do Silício”, em referência ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Hoje, segundo o ministro, há uma atividade industrial obsoleta na região, que produz cinturões de pobreza e deixa a população vulnerável, como foi visto em Manaus (AM), durante a pandemia de covid-19.

“A Amazônia deve ser capital mundial dos seminários executivos sobre economia verde. Há o Vale do Silício, vamos fazer a Selva do Silício”, disse Guedes, em evento que faz parte da programação do Brasil na COP-26. “Temos que vocacionar a região para isso. Tem toda uma economia verde e de baixo carbono que pode se desenvolver na região”, completou.

Redução da TEC

Também nessa sexta-feira, Paulo Guedes disse que a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul deve aumentar as importações de produtos no bloco e colaborar para segurar a alta de preços internos nos países. “Temos convocados nossos irmão argentinos, paraguaios e uruguaios para a modernização do Mercosul. Com a compreensão deles, vamos dar um primeiro passo que é a redução em 10% quase todas as tarifas comuns de importação. Vamos deixar 13% dos produtos fora dessa redução, mas conseguimos avançar em 87% dos bens e serviços”, relatou Guedes, na 3ª Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul.

E completou: “Gostaríamos de dar um choque de oferta, para deixar entrar importações e dar uma moderação na alta de preços. É o momento ideal para abertura do Mercosul, ainda que tímida.”

O ministro voltou a defender uma maior integração do Brasil e dos países do Mercosul à economia global. “O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, é trágico, lamentável. Perdemos espaço e regredimos porque mantivemos práticas comerciais obsoletas”, avaliou. “Brasil está se direcionando para acordos na região Asiática. É importante que Mercosul permita a flexibilização de acordos. Precisamos comprar comida barata e gerar mais empregos”, repetiu.

Com informações de Estadão Conteúdo (Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues)
Imagem: Shutterstock
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