70% dos lojistas preveem queda nas vendas do Dia das Mães

Segundo pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), sete em cada 10 lojistas preveem queda nas vendas para o Dia das Mães. Para os comerciantes, a principal dificuldade está no fechamento das lojas por conta da quarentena da COVID-19 até o dia 10 de maio. Além disso, as pequenas e médias empresas ainda estão no processo de transformação da loja física para a virtual.

Os dados da pesquisa apontam que 70% dos empresários esperam um percentual negativo nas vendas, 20% consideram um pequeno aumento das vendas, devido a utilização das lojas virtuais, e 10% têm expectativas que o Dia das Mães seja estável, sem crescimento ou números negativos nas vendas.

“O Dia das Mães é considerado a segunda data mais importante para o varejo. As vendas nesse período têm um peso importante para os comerciantes, porém, devido a quarentena no varejo, isso afeta diretamente o faturamento dos empresários, principalmente os pequenos negócios. Lojas de vestuário e calçados podem ser as mais afetadas”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.

O e-commerce foi sugerido por especialistas como um meio para continuar a vender, porém a pesquisa mostra que 60% dos lojistas estão em fase de adaptação para começar a trabalhar neste formato, outros 30% já atuam com vendas em lojas virtuais, e 10% acreditam que o e-commerce não é uma solução ativa de venda.

No último dia 27 de abril, o Governo de São Paulo sugeriu ao comércio para adiar o Dia das Mães para agosto. No entanto, 75% dos lojistas acham que não é uma boa opção, devido a data já estar próxima, além disso, o Dia das Mães pode coincidir com as vendas no mês do Dia dos Pais e sobrecarregar consumidores. Outros 25% supõem que a transferência da data para o segundo semestre pode ser uma boa oportunidade para ajudar no aumento das vendas.

“Além disso, o grande varejo se preparou para a data e já oferece produtos pelo e-commerce, através de seus hipermercados que estão abertos. Os consumidores precisam aceitar, afinal são eles quem mandam”, comenta Stainoff.

A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo da região metropolitana da cidade, interior e litoral, que enviaram dados locais.

* Imagem reprodução

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