Shopping Center – A importância do pequeno lojista

Aconteceu ontem (5/10) o movimento #CompreDoPequeno, uma ação nacional do SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que promoveu uma série de atividades para capacitar e apoiar os micro e pequenos empreendedores e, de quebra, aproximá-los do consumidor final.

A campanha ‘Compre do Pequeno’ foi inspirada na fantástica iniciativa do AMEX nos Estados Unidos, que com o mesmo propósito criou em 2010 o ‘Sábado do Pequeno Negócio’. O fato de não ter sido exatamente uma ideia inédita em nada diminui o mérito da realização, diga-se de passagem. A propósito: é importante ressaltar que o SEBRAE considera um pequeno negócio aquele que tem até 49 funcionários e possui faturamento anual de até 3,6 milhões de reais.

Mas qual é a importância do pequeno lojista para um Shopping Center? Num primeiro instante, podemos pensar que este pequeno negócio está concentrado em malls mais populares ou fora dos grandes centros. A realidade, no entanto, não é bem essa. Segundo o SEBRAE, no Brasil existem mais de 55 mil pequenos negócios dentro dos nossos shoppings. Se considerarmos que, de acordo com a ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers) há quase 97 mil lojas nos shoppings espalhados de Norte a Sul do País, a proporção das PMEs no mix dos nossos centros comerciais seria próxima de 56%.

Porém, nossas análises mostram que esse percentual pode ser ainda maior. Em um dos mais tradicionais shopping centers de São Paulo, por exemplo, o pequeno lojista representa nada menos que 75% das operações, embora concentre apenas 29% das vendas totais desse empreendimento. Do ponto de vista de faturamento, a sua importância pode ser até pequena, mas olhando pelo lado da ocupação, esse grupo é fundamental. Além do mais, um bom shopping é aquele que oferece, além de um bom ambiente, boas lojas, com bom atendimento – e isso inevitavelmente passa pelo pequeno.

Esses números mostram também que a maior oportunidade de crescimento nas vendas dos shoppings brasileiros não está nos grandes lojistas, que já respondem sozinhos por 71% das vendas, e sim nos pequenos. Porém, uma pequena parcela de tempo e de investimentos dos fundos de promoção são destinados para apoiar o trabalho desses empresários. Faz sentido?

Aqui na GS&BW desenvolvemos e aplicamos programas de capacitação e relacionamento com lojistas pelo Brasil afora e não é raro encontrar dificuldades diversas para aprovar projetos que exigem investimentos anuais modestos, mas que podem trazer resultados robustos. É claro que não existe receita de bolo! Cada shopping possui identidade, características e necessidades diferentes e para apoiar da melhor forma seus lojistas é necessário sobretudo estudar e entender não somente suas principais carências, mas como potencializar suas habilidades. Tudo começa, todavia, com a consciência de que, também nos shopping centers, para maximizar resultados, é preciso investir nos pequenos lojistas. Em resumo, é hora de começar uma nova campanha nos shoppings do Brasil: #apoieopequeno.

* Imagem reprodução

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