Todos os dias, até o último dia: caminhos para a cultura da excelência

A maioria das pessoas quer ser excelente na vida pessoal e na vida profissional. Excelentes pais, filhos, amigos e irmãos. Excelentes empresários, engenheiros, jornalistas, programadores e influenciadores. Porém, o caminho para a excelência é trabalhoso e infinito. E muitos ficam pelo caminho ao perceber que não há linha de chegada.

E as perguntas são inevitáveis: você quer mesmo ser excelente? Quer de verdade?

O filósofo e escritor estadunidense Will Durant foi direto ao ponto: “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.”

Aristóteles afirma que o ponto-chave para a excelência é a repetição: todos os dias, até o último dia. Para o filósofo da Grécia antiga, a excelência é um processo de constância que não tem fim. É contínuo, eterno; é hábito.

A palavra excelência deriva do latim excellentia, do verbo excellere, com sentido de ficar em um lugar mais elevado, superior.

Para Aristóteles, se você parar de buscar excelência, deixa de ser excelente. A demanda é de empenho diário e exige disciplina, entrega, persistência e comprometimento com uma pessoa importantíssima na sua vida: você mesmo.

Com esse cenário, algumas pessoas podem se cobrar e perguntar: mas eu não posso falhar? Claro que pode. É outro item inevitável e fundamental. A falha faz parte do processo de busca pela excelência. É a falha que vai, por exemplo, guiar suas próximas ações. O ponto é que, mesmo com as falhas, o seu caminho segue constante, com o prazer de viver seus objetivos e sonhos “todos os dias, até o último dia.”

Viver intensamente essa jornada vai fazer a diferença. Buscar a excelência, portanto, não pode ser um fardo ou algo pesado que te deixa frustrado pelo desafio cotidiano. É neste ponto que a filosofia te traz um nível de consciência importante sobre a realidade. O desejo de ser melhor, dentro da realidade das adversidades da vida, é nossa válvula motriz.

Mas vamos sair da filosofia e caminhar para uma parte prática. Como consigo criar o hábito da excelência em mim e nos times que trabalham comigo?

Mas será que tudo isso é papo de coach?

As pessoas têm a tendência de estereotipar conteúdos sobre comportamento humano, sobretudo em relação ao autoconhecimento. Infelizmente, a internet deu voz a pessoas que leram meia dúzia de páginas e já querem se intitular como mentores. E a propagação de achismos se tornou uma verdadeira avalanche nas redes.

Ao mesmo tempo, a internet democratizou o acesso a conteúdos de alta qualidade. Faça suas análises e pesquise bem. A busca pela excelência pode te levar a outro patamar, desde que você coloque os pés no chão e viva a realidade.

O consumo de dopamina barata só estimula você a querer cada vez mais o que acaba rápido. A lógica é óbvia: acaba rápido para você querer mais e mais. É um vício que não te faz evoluir. Ao contrário, deixa você estacionado na mediocridade.

A decisão segue sendo sua. Você pode consumir dopamina barata, você achar que isso é papo de coach ou pode entender as provocações e seguir um caminho de prazer, desenvolvimento, aprendizado e excelência.

O convite está feito. Vamos fazer parte da busca pela excelência real?

Eu te pergunto, novamente: você quer mesmo ser excelente? Quer de verdade?

Então, vamos juntos todos os dias, até o último dia.

Rodrigo Maia dos Santos é CEO da Gonow1.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock

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