Dia da Mulher: número de mulheres CEOs sobe para 6% no Brasil

Quando se trata do número de executivas, a Bain aponta que a participação subiu de 23% para 34%

Dia da Mulher: número de mulheres CEOs sobe para 6% no Brasil

No Brasil, o número de mulheres CEOs subiu de 3% para 6% entre 2019 e 2024, de acordo com a pesquisa Sem atalhos: o caminho para a representatividade da mulher no topo e o valor para as empresas, realizada pela Bain & Company com base na análise das 250 maiores empresas do País.

Quando se trata do número de executivas, a Bain aponta que a participação subiu de 23% para 34%, enquanto o percentual de conselheiras aumentou de 5% para 10%. Com base nesses dados, é possível verificar que as mulheres começam a perder representatividade nos cargos de liderança ao atingirem a média gerência.

“Precisamos ressaltar que houve uma evolução e a representatividade da mulher em cargos de liderança virtualmente dobrou nos últimos cinco anos, mas ainda está longe da equidade”, observa Luiza Mattos, sócia da Bain responsável pelo estudo, líder das práticas de Saúde e Customer Experience na América do Sul e responsável pelo grupo de afinidade Women at Bain. 

A pesquisa aponta que a implementação de ações concretas voltadas à diversidade favorece a equidade de gênero e, adicionalmente, fortalece a competitividade, demonstrando que a inclusão é um motor essencial para o sucesso organizacional sustentável.

Há também a percepção de que empresas com liderança diversa são mais inovadoras e abertas a novas soluções. Além disso, elas são, em média, 1,8 vezes mais identificadas como companhias orientadas para a ação, com foco na geração de valor e na redução de burocracias. Outras vantagens percebidas incluem a incorporação da voz do cliente nas decisões e a atração de talentos.

Diante do crescente questionamento sobre a validade dos investimentos em diversidade, a pesquisa destaca a importância de lideranças diversas para o crescimento sustentável das empresas, expõe as barreiras à ascensão feminina e sugere ações para acelerar esse avanço”, destaca Luiza.

Busca por liderança

Os homens buscam a liderança 1,7 vezes mais do que as mulheres para atender à pressão social e familiar e são 1,3 vezes mais motivados pelo status associado. Já as colaboradoras buscam a liderança 1,2 vezes mais motivadas pela oportunidade de desenvolvimento pessoal e pelo equilíbrio entre vida pessoal e carreira.

Geralmente, as pessoas tendem a avaliar melhor o próprio gênero em comparação ao oposto. Os homens consideram as mulheres de forma mais positiva em aspectos relacionados ao trabalho em equipe, mas mostram menor reconhecimento em áreas ligadas à resolução de problemas. Por outro lado, as mulheres tendem a avaliar como significativamente mais baixo o desempenho da liderança masculina no desenvolvimento dos times. Outra diferença está na percepção de equidade nos processos de seleção e promoção, que apresenta divergências relevantes entre homens e mulheres, especialmente em posições mais sêniores.

Imagem: Shutterstock

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