A tecnologia RFID, ou, “identificação por radiofrequência” permite colocar uma etiqueta em um determinado produto e, por meio dela, conseguir, de forma rápida, tabelar as informações do catálogo, a quantidade exata de itens no estoque e até identificar onde estão os itens.
O recurso possui três elementos principais: a antena, o transceptor responsável por fazer a leitura e transferência dos dados e um transponder ou etiqueta, que contém as informações a serem transmitidas. Ele pode ter inúmeras utilidades, até mesmo em pessoas, mas tornou-se importante recurso para a gestão de estoque na indústria e no varejo.
A empresa Piticas, especializada na venda de roupas licenciadas de marcas como Disney, Universal e Lucas Films, investiu R$ 5 milhões para implementar a identificação por radiofrequência não só em sua fábrica, mas também nos mais de 300 pontos de venda que possui em todo o Brasil. Dessa forma, conseguiu automatizar e simplificar o inventário do estoque. Na fábrica, por exemplo, a gestão e controle das 800 mil peças produzidas levava cerca de 90 dias e, agora, não passa de 9 horas. Nas lojas, o processo que era de sete horas caiu para cinco minutos – permitindo um controle em tempo real a cada venda realizada.
“É uma tecnologia que ainda não é tão explorada pelo mercado varejista por conta do alto custo. Contudo, após sete meses de projeto, podemos analisar que esse custo é, na verdade, um investimento com todo o resultado que está sendo apresentado”, explicou Felipe Rossetti, sócio-fundador da Piticas.
Na Piticas, o processo de implementação começou em 2017, com o desenvolvimento e integração do sistema da empresa ao módulo RFID. Em janeiro ocorreu a etiquetagem dos produtos na fábrica e, a partir de fevereiro de 2018, todos as roupas produzidas já começaram a ser separadas e faturadas com a nova tecnologia. A expectativa é que todas as lojas credenciadas utilizem esse recurso no primeiro semestre de 2019.
“O controle de estoque é o grande desafio das franquias. Com essa tecnologia, podemos ter o processo sendo realizado praticamente em tempo real, com inventário feito em poucos minutos, minimizando roubos e garantindo assertividade nos pedidos de reposição”, concluiu Felipe.
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