Não é só futebol: a transformação digital da Copa do Mundo

Não é só futebol: a transformação digital da Copa do Mundo

Todos já estão cansados de saber que a transformação digital é essencial para manter qualquer negócio em pé. Independentemente da área de atuação, investir em inovações tecnológicas é o que faz com que uma empresa se mantenha bem posicionada na concorrência. Não é diferente com o futebol. De qualquer forma, a aceleração digital chegou à Copa do Mundo de 2022, conhecida como a mais tecnológica de todas.

O Catar, local escolhido para sediar a Copa deste ano, é um dos países mais ricos do mundo. Em 2021, seu PIB chegou a US$ 179 bilhões, de acordo com o Banco Mundial. Por consequência, já era esperado que a Copa do Mundo de 2022 seria diferenciada, sem contar com o fato de ser a primeira realizada no Oriente Médio e no final do ano. Mas não se sabia que as tecnologias teriam um papel de protagonismo nos jogos, desde as roupas dos jogadores até a arquibancada onde ficam os torcedores.

Em 2018, se nos mostrassem a imagem de uma bola sendo carregada na tomada e falassem que assim seria a próxima Copa, seria difícil de acreditar. Mas essa é a realidade. Uma imagem das bolas oficiais da Copa sendo carregadas viralizou nas redes sociais e chamou a atenção das pessoas.

A Al Rhila, como é chamada a bola desenvolvida pela Adidas em parceria com a tecnologia da empresa Kinexon, tem um sensor de toque e movimento que fornece informações precisas aos árbitros de vídeo (VAR). Os dados captados pelo sensor são combinados com o rastreamento dos jogadores, que é feito a partir das câmeras do campo, a fim de evitar erros durante o Mundial. Esse sensor é alimentado por uma bateria recarregável, o que explica a imagem que viralizou.

As novidades não se limitam aos campos de futebol. O Catar é um país quente e suas temperaturas podem chegar até 41º C. Pensando no bem-estar dos visitantes, os estádios foram construídos com uma tecnologia avançada de resfriamento. Um centro de energia foi instalado perto dos estádios para levar água fresca aos canos instalados em diversos pontos da arena. Assim, no momento em que a água é distribuída, o ar gelado é empurrado ao campo e à arquibancada, o que proporciona um clima agradável aos jogadores e torcedores.

Além de ser a Copa do Mundo mais tecnológica da história, as inovações também prometem entregar o Mundial mais sustentável já visto. Em entrevista à Agência de Notícias Brasil Árabe (Anba), o diretor de Relações com Parceiros e Sustentabilidade do Comitê Supremo de Entrega e Legado da Copa do Catar, Jassim Al Jaidah, falou sobre as ações que o país adotou para garantir a sustentabilidade do evento, entre elas estão a disseminação do descarte correto do lixo e a conquista da certificação GSAS (Global Sustainability Assessment System). Al Jaidah explicou que a estratégia adotada pelo país foi baseada em cinco eixos principais: econômico, ambiental, humanitário, social e governamental.

Com isso, além da grande presença da transformação digital na Copa, também podemos observar a influência das iniciativas de ESG (Ambiental, Social e Governança). A necessidade de digitalização, assim como as de ações focadas em governança, na sociedade e no meio ambiente, não está limitada às grandes empresas.

Todos os negócios precisam acompanhar e se adaptar às inovações do mercado. A Copa do Mundo de 2022 nos mostrou isso. Não é só futebol.

Carlos Carvalho é CEO da Truppe!
Imagem: Shutterstock

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