O Brasil registrou 128 fusões e aquisições de empresas de Consumo e Varejo no ano de 2024. O número representa uma queda de 8% na comparação com 2023, quando 139 transações desse tipo foram realizadas nesse setor. Os dados constam de uma pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
A segmentação da quantidade de operações, em 2024, foi a seguinte: alimentos, bebidas e fumo (46); vestuário e calçados (8); hotéis e restaurantes (12); lojas de varejo (19); supermercados (27); shoppings centers (11); e embalagens (5).
“Nossas expectativas quanto a um aumento no número de transações em 2024 acabaram não se concretizando. Nos primeiros nove meses de 2024, tivemos um aumento de 25% no número de transações comparado com 2023, mas tivemos uma desaceleração no último trimestre, o que levou o número anual a ficar abaixo do volume ocorrido em 2023. Com certeza o aumento dos juros, cenário econômico e incertezas em termos de política externa relacionados com as eleições nos Estados Unidos contribuíram para esse resultado”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Fusões e aquisições no Brasil
O Brasil registrou 1.582 fusões e aquisições de empresas em 2024, uma leve alta de 5% na comparação com 2023, quando foram realizadas 1.505 operações desse tipo. As operações domésticas entre organizações brasileiras (981) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritário estrangeiro (394) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil. Os dados são da tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, conduzida com 43 setores da economia.
“Os dados evidenciam uma retomada importante no mercado de fusões e aquisições. Após dois anos consecutivos de queda nessas transações, os números revelam que as empresas estão mais ativas nessas operações. O número de 2024 superou 2023, e, apesar de ser inferior ao de 2022 e 2021, já é superior aos totais registrados em 2020 e demais anos anteriores de nossa série histórica. Apesar da retomada, ainda não é possível prever se ela se sustentará ao longo de 2025 dadas as questões econômicas atuais”, afirma Gustavo Vilela, sócio-líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
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