Não é raro você abrir a página de algum site ou jornal de economia e não ver pelo menos uma vez na semana alguma novidade sobre algum player de varejo que está adquirindo ou investindo em alguma startup, caminho também que vem sendo fortemente seguido por muitas das empresas de serviços.
Tanto o varejo quanto as empresas de serviços parecem ter nas startups o mesmo objetivo: complementarem seu portfólio de ofertas de serviços, onde se o varejo tem como alvo o consumidor, o prestador de serviço tem como alvo atender melhor o próprio varejista nesse sentido.
Players nesse sentido não faltam e se o Magazine Luiza é para muitos uma das grandes referências nesse sentido, empresas como Netshoes, GPA, Carrefour, entre tantas outras estão criando cases muito interessantes em termos de resultados nesse sentido.
A própria Amazon anunciou nessa semana que começa a oferecer seus serviços de loja automatizada para outros varejistas, algo como um white label de sua Amazon Go, num movimento impensável até pouco tempo atrás.
Embora o cenário otimista, muito ainda precisa ser feito quando falamos do varejo como um todo. Na pesquisa realizada pela GS&UP, sobre a aplicação de tecnologias no varejo, e conversando com os principais líderes de tecnologia e inovação no setor, cerca de 1/3 dos entrevistados (30%), colocaram o tema startups como um dos mais relevantes atualmente no contexto do varejo, entretanto, apenas 23% dos varejistas entrevistados disseram ter investimentos ligados à essa área nos próximos três anos.
Embora mais de 75% dos entrevistados que tenham interesse pelo tema, irão destinar seus investimentos para esse segmento, isso mostra a dificuldade que o assunto tem de escalar no varejo, talvez por desconhecimento, mas também até mesmo por receio de se aproximar desse mercado.
Não é necessário investir como um dos jurados do programa de televisão “Shark Tank” para se aproximar desse ecossistema. As startups oferecem uma série de oportunidades, por custos muito interessantes, para que sejam resolvidas dores específicas de mercado, muitas vezes fora do radar das grandes empresas.
Muitas delas oferecem acesso a informações que antes não eram nem imaginadas no dia a dia da rotina das empresas. E você não precisa ir para o Vale do Silício atrás de novas soluções para o seu negócio.
As principais capitais do país, além de muitas outras cidades brasileiras, já oferecem dezenas de espaços dedicados a aproximar empresas e startups. Cubo, Inovabra, HubSalvador são algumas iniciativas icônicas nesse sentido.
Em suma, não faltam oportunidades para você tentar inovar em seu negócio, ou buscar resultados diferentes, exatamente agindo de forma diferente, buscando novos caminhos. Tente, teste, arrisque, e obtenha novos (e quem sabe melhores) resultados.
Pense nisso!
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