Uma comunidade criando os códigos do futuro

Uma comunidade criando os códigos do futuro

A Campus Party é o maior festival de tecnologia, empreendedorismo, ciência e disruptividade do mundo, com mais de 70 edições realizadas em 30 países. Ela acontece no Brasil desde 2008. Começou com Recife e São Paulo, foi expandida e anualmente ocorrem entre três a cinco edições pelo Brasil.

Entre 5 e 9 de abril aconteceu a Campus Party Brasília e tive a oportunidade de participar em dois momentos: como palestrante, falando sobre o tema “O Futuro da Alimentação”, e como curadora e jurada do espaço Printer Chef, que eu já conto o que é.

O ambiente do evento é como uma “rave” cultural. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas super bem-organizadas em 3 grandes áreas: Open Campus, Camping e Arena.

O Open Campus é um espaço que permite a qualquer pessoa, sem necessidade de credenciamento, tomar contato com os conteúdos, interagir com patrocinadores e vivenciar experiências para que se inspire a se tornar um “campuseiro”.

O Camping é algo extremamente peculiar. São jovens que decidem entrar de cabeça nesses dias de festival e não querem perder tempo indo para casa. Eles compram suas barracas e passam cinco dias do evento, literalmente, acampados por lá. Com uma infraestrutura que oferece alternativas de alimentação, conectividade, espaço adequado para as barracas e até chuveiros, os jovens e as jovens (Sim! Muitas meninas na tecnologia) vivem essa experiência incrível.

E a Arena reúne múltiplos palcos com conteúdo coordenado pela organização do evento e espaços para comunidades específicas ligadas ao segmento de tecnologia que apresentam seus próprios palestrantes. E em todo lugar há gente. Claro, predominantemente jovens, mas um convite aberto e com presença real dos interessados em se integrar a esse movimento.

Sob o genuíno desejo de amplificar seu alcance e significado, a Campus Party abriu espaço para a alimentação, trazendo impressoras 3D, desenvolvidas com tecnologia brasileira e que imprimem alimentos a partir de ingredientes vegetais. Para tornar ainda mais interessante, criou a primeira competição “Printer Chef” do País.

Os chefs tinham a missão de preparar alimentos com técnicas tradicionais de gastronomia e integrar os alimentos impressos, o que ocorreu de maneira concomitantemente.

Nós, da Gouvêa Foodservice, fomos curadores técnicos do espaço, apoiando o desenvolvimento do layout e fazendo recomendações de parceiros, que participaram de um espaço vivo, oferecendo degustação dos seus produtos, como Vapza, Bloom Brasil e Companhia Vegetal. Tivemos a felicidade de participar da banca julgadora e, claro, experimentar a printer food em primeira mão.

A base era de feijão, com temperos propostos para mimetizar o saber da carne bovina, o que realmente funcionou super bem. De acordo com a pesquisa “Plant Based Foods Poised for Explosive Growth”, da consultoria Bloomberg Intelligence, até 2023, os alimentos plant-based devem ocupar 7,7% do mercado mundial de proteínas, o equivalente a US$ 162 bilhões.

A integração entre a tecnologia destinada a proporcionar às pessoas mais saúde e qualidade de vida deve sair das mentes brilhantes dessa juventude que participa de eventos como esse.

A alimentação é um tema que exige amparo, cada vez mais intenso da tecnologia, seja pela nossa consciência ambiental, de saúde ou de novos hábitos de vida.

Fazer parte de um momento tão memorável desse repensar é muito valioso. Fica a pergunta para você: como está a integração tech + food nos seus negócios?

Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.
Imagem: Shutterstock

 

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