Rio de Janeiro pode liderar descarbonização brasileira, segundo Firjan

Somente em energia eólica offshore, a previsão é de investimentos de US$ 70 bilhões no Estado

Rio

O Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do País, poderá ser também líder na descarbonização das fontes de energia, aponta levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que será apresentado esta semana na Macaé Energy, evento que acontece em Macaé, no Rio de Janeiro, entre a terça-feira, 11, e a quinta-feira. Somente em energia eólica offshore, a previsão é de investimentos de US$ 70 bilhões no Estado.

De acordo com o estudo “Transição e Integração Energética no Rio” – análise produzida pela Firjan, com base nos dados de 2024 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e projetos privados -, o Rio de Janeiro registrou 14 pedidos para eólicas offshore e hidrogênio, com potencial de gerar 24 gigawatts (GW).

“Esses recursos poderão se reverter em dinamização da economia fluminense e na demanda potencial por milhares de postos de trabalho ao longo da sua implementação”, afirma a Firjan.

Caso os 24 GW sejam realmente instalados, por exemplo, para a produção de hidrogênio de baixo carbono, esses projetos teriam capacidade para produzir 114 mil toneladas/ano de hidrogênio, com equivalência energética de 0,21 MMbpd (6% da produção nacional de petróleo), ou 42 milhões de litros de gasolina C por dia (33% das vendas do País), ou 45 milhões de m3/dia de gás natural (150% do consumo industrial de gás natural do Brasil).

De acordo com o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, é preciso que se aprove “o mais rápido possível” o marco regulatório do setor eólico offshore, para “garantir um ambiente de negócios atrativo ao investimento”.

“Essa pauta legislativa precisa ser tratada hoje para que o investimento potencial se torne realidade nos próximos cinco a dez anos. Quanto mais atrasamos essas discussões, com a inserção dos conhecidos ‘jabutis’, mais atrasamos a transformação do potencial em emprego, renda e tributos reais”, avaliou Caetano.

O documento traz, ainda, análises sobre o cenário e as perspectivas para o setor, com contribuições da Rystad Energy, que comenta o cenário mundial; o Ministério de Minas e Energia (MME), que fala sobre o uso dos biocombustíveis; a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que debate sobre o papel do regulador na transição energética; e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que apresenta o planejamento energético; entre outros.

Com informações de Estadão Conteúdo (Denise Luna).
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile