Sete em cada dez brasileiros têm renda inferior aos gastos mensais

Inflação e as instabilidades política e econômica contribuíram para que 75% da população apresente algum tipo de dívida

dívida

Apesar da melhora nos índices da pandemia, o brasileiro ainda sofre as consequências do período. A alta da inflação e as instabilidades política e econômica também contribuíram para que 75% da população apresentasse algum tipo de dívida, de acordo com a pesquisa Empréstimos pessoais e os Hábitos dos brasileiros, da Globo. 

Com presença acentuada de brasileiros de classes mais baixas, o levantamento revelou que a maioria das pessoas não sabe onde está gastando o seu dinheiro. Além disso, a ausência de planejamento financeiro também é marcante entre os entrevistados.  

A situação financeira dos brasileiros ficou ainda mais delicada com a chegada da pandemia: 7 em cada 10 não conseguem ter uma renda superior aos gastos e 49% afirmam estarem economicamente pior do que no período pré-pandemia.

Ao serem perguntados sobre acúmulo de despesas, 75% dos entrevistados disseram que possuem algum tipo de dívida e, para 41%, essas dívidas estão atrasadas. Apenas 25% não têm contas de pagamento pendentes.

Entre os motivos para o endividamento, 58% afirmaram que o cartão de crédito é o principal vilão. Gastos com crédito consignado (29%), contas de luz, água e telefone (26%), dívidas entre amigos e familiares (17%) e cheque especial (14%) também aparecem no levantamento.  

O empréstimo lidera o ranking das soluções buscadas para quem deseja sair do endividamento, sendo apresentado entre 32% das pessoas ouvidas. Logo em seguida, aparecem as opções de cartão de crédito (29%), empréstimo consignado (24%) e financiamento (6%).

Utilizado em compras do cotidiano, o cartão de crédito é o recurso financeiro preferido entre os brasileiros. De acordo com a pesquisa, apenas 2% dos entrevistados não costumam utilizar a ferramenta. Além disso, 42% dos entrevistados pretendem diminuir sua utilização nos próximos meses, enquanto 35% irão manter e 24% desejam aumentar o seu uso.

 

Imagem: Shutterstock

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