A importância da cibersegurança para o mercado conversacional

A importância da cibersegurança para o mercado conversacional

À medida em que a sociedade se torna cada vez mais digital, o comércio conversacional se alinha com as preferências dos consumidores por comunicações instantâneas e interações online. Com essa evolução, os aplicativos de mensagens se tornaram ferramentas de comunicação ubíqua, não apenas para interações sociais, mas também para negócios.

Ao mesmo tempo em que empresas adotaram diversos aplicativos e soluções de mensagens instantâneas para se conectarem com clientes e parceiros de negócios, precisamos estar atentos aos riscos, ao considerarmos estes novos canais de comunicação para interações comerciais como parte dos negócios.

De acordo com o recente relatório publicado pela Yalo e realizado pela International Data Corporation (IDC), 95% das empresas no Brasil utilizam o WhatsApp como ferramenta para comunicação. Com outros dados mostrando que os consumidores vêm trocando o e-mail por aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais, é importante notar que, embora essas plataformas tomem medidas significativas para garantir a segurança dos usuários, a cibersegurança é uma responsabilidade compartilhada.

Os usuários também devem adotar boas práticas de segurança, como o uso de senhas fortes e únicas, a ativação da autenticação de dois fatores e a vigilância contra tentativas de phishing, para garantir sua própria segurança ao usar essas plataformas de mensagens.

Com o comércio conversacional desempenhando papel fundamental na construção de relacionamentos sólidos com os clientes, na melhoria da experiência e no aumento das vendas, à medida que a tecnologia continua evoluindo e as preferências dos consumidores mudam, as empresas precisam investir em segurança digital para sustentarem essas novas estratégias de negócio, assegurando a permanência e prosperando neste mercado cada vez mais competitivo e digitalizado.

Os riscos associados ao WhatsApp, Slack, Discord e demais plataformas, como questões de segurança e conformidade, não podem ser subestimados. As empresas devem adotar uma abordagem equilibrada, utilizando essas e outras soluções de forma responsável, mantendo a segurança dos dados e garantindo o cumprimento das regulamentações.

Afinal, além das questões sobre segurança, a linha tênue entre interações úteis e spam é facilmente ultrapassada e o envio excessivo de mensagens pode alienar os clientes e levar à percepção negativa da marca.

Sem contar que mesmo criptografadas de ponta a ponta, o que significa que apenas o remetente e o destinatário podem ler o conteúdo da mensagem, ainda existem muitas preocupações sobre a segurança dos dados transmitidos por conta do vazamento de informações confidenciais, que representam um risco significativo para empresas, além das questões relacionadas ao armazenamento dessas informações. 

Outros fatores que exigem atenção e investimento em tecnologia são os benefícios da automação por meio de chatbots e assistentes virtuais, mesmo que o foco esteja na interação humana. Eles permitem que as empresas lidem com um grande volume de interações de forma eficiente, liberando tempo para interações mais complexas que exigem toque humano. A melhoria e aumento na capacidade em responder perguntas dos clientes e o fornecimento de informações em tempo real estão diretamente relacionados ao aumento na confiança dos clientes e, consequentemente, à melhoria nas taxas de conversão de vendas.

Com a sociedade se tornando cada vez mais digital, o comércio conversacional se alinha com as preferências dos consumidores por comunicações instantâneas e interações online, obrigando as empresas a investirem em cibersegurança para adotarem essa abordagem e atenderem às expectativas de seus clientes.

Ao fazê-lo da maneira correta e segura, podemos aproveitar ao máximo as vantagens destes poderosos canais de comunicação, mantendo a confiança dos clientes e protegendo a reputação da empresa no mundo digital em constante evolução.

Carlos Carvalho é CEO da Truppe!
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.

Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile