Israel – Inovação de superação

Israel

De acordo com o Global Innovation Index1 2019, Israel integra as dez economias mais inovadoras do mundo e a primeira posição regional (Oriente Médio). Este resultado está atrelado ao depósito de patentes e é oxigenado por muitos fatores dentre os quais o maior patamar global de investimento em P&D: 4,6% do PIB superando a Coreia do Sul segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O país ocupa a 10ª posição do Start Up Ranking que analisa a cena da inovação em 188 países, mas é o primeiro na análise per capta, o que lhe garantiu o título de Nação Start Up pela comunidade empreendedora.

Estes patamares são fortalecidos pelo investimento em educação que faz com que o país se destaque no número de pesquisadores e cientistas com formação STEM: Science (Biologia, Física e Química), Tecnnology (Tecnologia), Engineering (Engenharia), Mathematics (Matemática) formações correlacionadas à promoção de inovação.

Mas muito além das questões usuais o que criou a cena da inovação em Israel é a cultura de superação forjada bravamente na dificuldade, no enfrentamento de adversidades.

Questões históricas como a diáspora, perseguição religiosa, guerras, carências estruturais, recursos naturais insuficientes são alguns aspectos de um complexo contexto. Este ambiente criou uma cultura forte, resiliente, criativa, estudiosa, dedicada, que valoriza o ensino, a pesquisa em que a única opção é a superação.

Se existe um lugar em que o Brasil possa se inspirar é Israel. Podemos aprender como podemos nos superar e criar uma cultura mais forte, como criar em nossas empresas realidades promissoras para a próxima década.

Mas para que inovar? Vivemos uma época em que a inovação é essencial para a sobrevivência empresarial. É necessário inovar não porque se fala muito deste tema, mas porque as pessoas e as empresas, os públicos alvos dos negócios, estão mudando de forma veloz e profunda.

Na prática as empresas deveriam destinar reservas anuais para mudar, transformar, experimentar em suas ofertas ao mercado: novos produtos, novos serviços, novas soluções que as façam acompanhar a contemporaneidade.

Crescimento e transformação hoje são requerimentos essenciais como ter fluxo de caixa. Inovar é um imperativo e uma questão de sobrevivência. Autores importantes de Inovação como Barbieri, J.C. e Alvares, A.C.T. (2003) sinalizam que as empresas que sobrevivem ou crescem são as que introduzem novidades tecnológicas ou organizacionais ao longo do tempo e recordam Freeman e Soete (1997) que pontuam que não inovar é morrer.

Quantas empresas desapareceram nos últimos anos? E por quê? Muitas não conseguiram acompanhar seu tempo (ser contemporâneo), não mudaram, não se inquietaram diante da necessidade de mudança.

As inovações são meios para atingir resultados podendo ser: lucratividade, crescimento ou outros objetivos que podem ser de natureza intangível ou não perceptível (como por exemplo substituição de uma matéria prima tóxica).

Resultado é chave como destacou o Fórum de Inovação EAESP/FGV (2010) ao concluir    que inovação envolve a ideia, a implementação e resultados. A inovação que não for levada à prática e que não trouxer resultados é irrelevante do ponto de vista econômico.

Em linha com esta definição Silvio Meira, um dos expoentes brasileiros de tecnologia e inovação e um dos idealizadores do C.E.S.A.R, reforça: “Inovar é emitir mais e melhores notas fiscais.”

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1 Fonte:  INSEAD, Cornell SC Johnson College of Business e World Intellectual Property Organization.

* Imagem reprodução

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