Estados Unidos e China anunciaram nesta segunda-feira, 12, um acordo para aliviar a guerra comercial iniciada em abril, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o aumento das tarifas de importação de produtos dos EUA para os parceiros comerciais. Pelo pacto, as tarifas de importação aplicadas por ambos os lados serão significativamente reduzidas por um período inicial de 90 dias, sinalizando uma reaproximação diplomática e a retomada do diálogo econômico bilateral.
A partir de 14 de maio, os Estados Unidos reduzirão suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre importações americanas de 125% para 10%. O acerto inclui ainda a criação de um mecanismo permanente de consultas econômicas e comerciais, com encontros periódicos entre representantes dos dois países.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, declarou que “nenhum dos lados deseja uma ruptura econômica” e defendeu a estabilização das tarifas como passo essencial. Já o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, definiu as conversas como “sinceras e construtivas”, enfatizando o esforço conjunto para evitar uma desacoplagem econômica entre os dois países.
Entenda a guerra tarifária
Após anunciar um pacote agressivo de tarifas sobre todas as importações, com sobretaxas específicas para países considerados infratores, os EUA anunciaram a suspensão por 90 dias da cobrança aplicada a 75 países que solicitaram negociações. Durante esse período, as alíquotas serão reduzidas para 10%.
O Brasil ficou com a tarifa mais baixa entre as divulgadas, com uma taxação de 10% sobre todas exportações para os Estados Unidos.
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