Varejo recua 0,4% em abril, mas mantém crescimento de 6,1% em 12 meses

Entre os destaques negativos do índice ampliado estão os setores de materiais de construção e de automóveis

Varejo recua 0,4% em abril, mas mantém crescimento de 6,1% em 12 meses

O varejo brasileiro registrou queda de 0,4% em abril no índice ampliado do IGet, indicador elaborado pelo Santander em parceria com a Getnet. O resultado marca o segundo recuo mensal consecutivo, após dois meses de avanço, e reflete a desaceleração da atividade econômica em alguns segmentos. Ainda assim, o desempenho no acumulado de 12 meses segue positivo, com alta de 6,1%, o que demonstra a resiliência do setor.

Entre os destaques negativos do índice ampliado estão os setores de materiais de construção, com retração de 7,3%, e de automóveis, partes e peças, que caíram 1,6% no mês.

No índice restrito, que exclui automóveis e materiais de construção, a queda foi de 0,9% em relação a março. Na comparação anual, porém, houve crescimento expressivo de 11,5%. Os resultados por segmento foram variados: houve aumento nas vendas de móveis e eletrodomésticos (1,5%) e de vestuário (0,6%), enquanto combustíveis (-11,5%), artigos de uso pessoal (-2,7%) e farmacêuticos (-0,1%) registraram retrações.

“A política monetária segue restritiva, o que impacta a atividade no curto prazo. Por outro lado, o mercado de trabalho aquecido pode suavizar a desaceleração. A nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado pode ajudar a sustentar o consumo no varejo nos próximos meses”, afirma Gabriel Couto, economista do Santander.

O setor de serviços ficou praticamente estável em abril, com queda de apenas 0,1% ante o mês anterior. No acumulado de 12 meses, no entanto, o indicador caiu 7,2%. O segmento de alojamento e alimentação recuou 3,9%, revertendo os ganhos anteriores. Já a categoria de outros serviços avançou 0,5% após ter registrado queda no mês anterior.

Imagem: Envato

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