Todo mundo tem altos e baixos na carreira – mesmo o heptacampeão mundial de Fórmula1 (F1) Lewis Hamilton, piloto da Mercedes. Ainda assim, é possível alcançar os próprios objetivos afastando a negatividade. “Com empenho, foco e acreditando em seu potencial é possível alcançar seus objetivos”, disse ele, que esteve em São Paulo nesta semana para participar como convidado especial do VTEX Day.
Ao falar sobre motivação, liderança e resiliência, Lewis Hamilton fez um paralelo com seu momento atual na F1 e disse que, apesar de estar em sua 16ª temporada, a vontade de vencer e melhorar segue a mesma. “É treinar, focar no bem-estar físico e na parte mental. Acreditem ou não, eu tive altos e baixos, dias em que achei que não fosse tão bom. Mas precisamos dizer a nós mesmo todos os dias coisas positivas. ‘Você é ótimo’, ‘Você pode fazer'”, destacou.
Nesta quarta (14), Lewis Hamilton esteve ao lado de Mariano Gomide, fundador e co-CEO da VTEX no palco principal do evento e conversou sobre liderança, racismo, saúde mental e muito mais.
Logo na chegada, foi ovacionado pelas mais de 6 mil pessoas que estavam no local e até arriscou um português ao desejar bom dia para todos os presentes. A conversa começou com um questionamento sobre algum momento em que ele percebeu que sua vida teria mudado após aquele dia. “Foram vários. Mas provavelmente quando eu ganhei o meu primeiro título foi um desses dias”, respondeu.
F1 e diversidade
Comentando sobre sua jornada até chegar na principal categoria do automobilismo, Hamilton destacou quão caro é praticar esse esporte e a necessidade de mudar isso. “Meu pai tinha quatro empregos ao mesmo tempo só para nos manter no kart. Qualquer coisa que ele ganhasse era para ajudar a comprar combustível, pneus”, lembrou o piloto.
Ele também falou sobre o racismo que enfrentou na Inglaterra e contou que cresceu querendo sair daquele lugar. “As pessoas diziam ‘volte para o seu país’, mas eu não entendia por que a Inglaterra era o meu país”, disse.
Ele também mencionou o caso de George Floyd e como o episódio de violência policial nos EUA fez com que ele desse mais atenção para essas pautas. Hamilton é conhecido por demonstrar suas posições. No ano passado, correu com o capacete em prol da causa LGBTQIA+ em locais em que o relacionamento homossexual é proibido.
O piloto também lidera uma comissão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que busca entender os motivos pela discrepância na quantidade de pessoas brancas e minorias no automobilismo. “Meu objetivo é em cinco ou dez anos um esporte mais diverso”, comentou.
Senna e o Brasil
Desde sempre Hamilton deixou claro quão importante Ayrton Senna representava para ele e ao longo de toda sua participação no VTEX Day ele fez questão de reforçar esse sentimento. “Ayrton era o piloto que eu queria ser”, disse Hamilton, que também comentou sobre sua primeira experiência no Brasil. “A primeira vez que pisei no Brasil foi quando eu me senti mais próximo de Senna.”
Gomide, da VTEX, questionou o piloto sobre o que ele e Senna conversariam se estivessem em uma sala. “Eu ficaria muito nervoso. Acho que no primeiro momento conversaríamos sobre corridas, que é algo que nos conecta”, respondeu.
Por fim, Hamilton comentou que durante sua viagem leu sobre a cultura brasileira, reforçou a vontade que tem de conhecer o Brasil e as outras regiões do País e ainda disse se sentir “um pouco brasileiro”. “O Neymar e o Gabriel [Medina] sempre me convidam para passar um tempo aqui”, contou o piloto, que também disse em tom descontraído que precisa trazer a família para conhecer o País.
Após o evento e em sua rede social, Hamilton compartilhou um print com uma reportagem que mencionava o projeto de lei que pode dar o título de cidadão honorário a ele. “Eu ficaria honrado”, disse ele em sua conta.
I’d be honoured ❤️ pic.twitter.com/SRintT4Y9s
— Lewis Hamilton (@LewisHamilton) April 13, 2022
Imagem: Shutterstock