O Wells Fargo registrou lucro líquido de US$ 5 bilhões no primeiro trimestre de 2023, equivalente a US$ 1,23 por ação. O resultado representa uma alta em relação aos US$ 3,788 bilhões, ou US$ 0,91 por ação, do mesmo período de 2022.
O lucro também superou a previsão de analistas ouvidos pela FactSet, que projetavam US$ 1,13 por ação no balanço mais recente.
A receita do banco no primeiro trimestre foi de US$ 20,729 bilhões, o que representou uma ampliação ante os US$ 17,728 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano passado, ficando também acima da previsão de analistas, de US$ 20,09 bilhões.
Provisão de perdas
O Wells Fargo acrescentou US$ 643 milhões na sua provisão para perdas associadas ao risco de crédito (PCL, na sigla em inglês) nesse primeiro trimestre de 2023 em relação ao último trimestre de 2022, de acordo com o balanço do banco divulgado nesta sexta-feira.
O aumento reflete “um incremento nos empréstimos imobiliários comerciais – principalmente nos empréstimos para escritórios – bem como nos empréstimos para automóveis e cartão de crédito”, disse o banco no documento.
Violação de sanções
Em março, O Federal Reserve (Fed, o banco central nos Estados Unidos) multou o Wells Fargo em US$ 67,8 milhões por “histórica supervisão inadequada dos riscos de cumprimento de sanções”. O Fed afirmou que “a supervisão deficiente do Wells Fargo permitiu que o banco violasse os regulamentos de sanções dos EUA ao fornecer uma plataforma de financiamento comercial a um banco estrangeiro que a usou para processar aproximadamente US$ 532 milhões em transações proibidas entre 2010 e 2015”.
Além disso, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac) do Tesouro americano anunciou que fechou com o Wells Fargo um acordo de US$ 30 milhões por 124 violações de sanções contra Irã, Síria e Sudão.
O Ofac disse, em nota, que o Wells Fargo e seu predecessor, Wachovia Bank, forneceram a um banco estrangeiro da Europa um software que permitiu o processamento de transações com pessoas ou jurisdições sob sanção.
Com informações de Estadão Conteúdo (Maria Lígia Barros, especial para a AE, e Natália Coelho).
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