Vendas dos supermercados acumulam alta de 3,94% no ano, diz Abras

Os supermercados brasileiros acumularam, até agosto, um crescimento real (deflacionado pelo IPCA/IBGE) de 3,94% na comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade e divulgado nesta quinta-feira (15). No mês, a alta foi de 2,56% em relação a julho, e de 4,44% na comparação com agosto do ano anterior.

“Como continuamos funcionando durante a pandemia, por sermos atividade essencial, os nossos resultados têm se mantido próximos da projeção da Abras divulgada no início do ano, de 3,9% de crescimento para 2020. O pagamento do auxílio emergencial e outros programas de estímulo do governo federal ajudaram a evitar uma queda mais abrupta da economia”, afirma João Sanzovo Neto, presidente da associação.

Segundo ele, a adoção de restrições mais brandas em algumas localidades do Brasil, a queda no número de casos de Covid-19 e de mortes têm impulsionado a volta gradual do consumo e a melhora em diversas atividades econômicas.

Cesta de produtos mais vendidos teve alta

Em agosto, o Abrasmercado (cesta dos 35 produtos mais vendidos nos supermercados do País) registrou alta de 1,83% na comparação com julho, passando de R$ 542,91 para R$ 552,84. Já na comparação com agosto de 2019, o valor da cesta apresentou crescimento de 16,48%.

As maiores altas foram registradas nos produtos: óleo de soja (14,16%), tomate (13,82%), queijo muçarela (8,84%), pernil (8,65%) e arroz (8,21%). As maiores quedas nos preços foram verificadas nos itens: cebola, (-28,01%), batata (-16,54%), feijão (-4,81%), ovo (-4,42%) e farinha de mandioca (-3,71%).

A Região Sudeste foi a que registrou maior aumento no valor da cesta Abrasmercado em agosto, 3,64%, passando dos R$ 525,87 registrados em julho para R$ 545

O otimismo dos empresários de supermercado apresentou retração no mês de agosto, chegando a 59,1 pontos (numa escala de 0 a 100) ante os 61 pontos registrados em junho, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. O resultado foi impactado pelas incertezas econômicas geradas pela pandemia.

Imagem: Bigstock

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