“Temos uma longa caminhada até chegarmos ao IPO”, revela fundador do Grupo Boticário

A pandemia mudou as premissas da sociedade, do consumo, da economia e, consequentemente, os planos do Boticário, assim como o de muitas empresas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Para comentar sua visão estratégica e experiente, Miguel Krigsner, fundador e presidente do Conselho do Grupo Boticário, esteve ao lado de Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, durante a primeira edição do “Retail Trends – Admirável mundo novo”, que se estenderá até fevereiro de 2021.

Logo no início do bate-papo, Krigsner foi questionado sobre a onda de IPOs no varejo. O executivo comentou que o grupo é sempre sondado. Segundo ele, não há necessidade de dinheiro em todas as estruturas do grupo e a empresa não quer perder a liberdade de crescer no mercado. “Diante dos possíveis investimentos que podem ser feitos, acredito que tenhamos uma longa caminhada até chegarmos em um momento de abertura de capital”, disse.

A gigante aposta no conceito de ecossistema de negócios e vem incorporando marcas e negócios ao longo dos anos, como Beleza na Web e Vult. Entretanto, para Krigsner, é necessário abrir outros canais de distribuição.

“Fabricamos, distribuímos e entramos nos mercados de varejo por meio das lojas, do comércio eletrônico e das revendedoras. Tudo isso traz uma complexidade para a qual nós estamos cada vez mais nos preparando, seja no offline, seja no online, com a aceleração das transformações digitais”, explicou.

Pessoas e sustentabilidade

Para o Boticário, o grande segredo das empresas são as pessoas e como elas são tratadas dentro de uma organização. Elas têm, antes de qualquer coisa, que se sentirem felizes com as suas realizações profissionais e pessoais. “Uma empresa é um conjunto de pessoas que têm de trabalhar com foco em um único resultado, mas de maneira profissional e feliz. Eu acredito que este seja um dos nossos maiores segredos, uma vez que somos muito próximos das pessoas que trabalham conosco e não fazemos distinção de hierarquia”, disse Krigsner.

Por outro lado, as empresas têm um papel social muito importante no que diz respeito às questões ligadas à sustentabilidade e meio ambiente. Segundo o fundador do Grupo Boticário, estes temas não podem ser mais tratados apenas como discursos de marketing, mas sim como uma realidade para que as empresas inclusive sejam aceitas pelos seus consumidores. “O consumidor de hoje quer muito mais do que um produto, ele quer saber como essa empresa está inserida dentro da realidade social e o que ela faz pelo país”, lembrou.

Imagem: Divulgação/Boticário

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