Sandra Coutinho comenta a imagem do Brasil na imprensa estrangeira durante o Retail Executive Summit

A correspondente internacional da Globo Sandra Coutinho, fez uma apresentação sobre a presença do Brasil na mídia internacional. A palestra aconteceu durante o Retail Executive Summit, o mais relevante evento brasileiro de varejo e consumo, realizado nos Estados Unidos, pela GS&MD.

A jornalista destacou que nem sempre o Brasil está em evidência e que os assuntos retratados pela imprensa estrangeira normalmente são política e economia e alguns outros temas, como as características do brasileiro e a preocupação com o meio ambiente, que é destacada pela imprensa americana.

“Naturalmente, nos últimos anos vem acontecendo no mundo inteiro uma grande ênfase na política. Existia uma grande curiosidade sobre o nosso processo político. A partir do momento em que ficou mais ou menos claro o rumo destas eleições, houve uma discussão enorme”, contou.

Sandra falou sobre a visão que os americanos têm do presidente Bolsonaro, que é visto como o “Trump dos trópicos”, que fala o que pensa e é comprometido com uma política econômica liberal.

Ela trouxe o exemplo da revista The Economist, que é referência mundial. A primeira capa que ela mostrou é de novembro de 2009, quando a economia brasileira estava no auge, e quatro meses antes dela ir morar nos Estados Unidos. A imagem é o Cristo Redentor decolando. “Sempre que eu conhecia alguém, a primeira frase era “O Brasil está bombando!” e eu, lógico, ficava superorgulhosa, aqui a crise ainda estava extremamente grave”, contou. A matéria falava sobre o crescimento econômico brasileiro. “Dizia basicamente que o Brasil tinha potencial para ultrapassar a França e o Reino Unido e se tornar a quinta maior economia do mundo, todo mundo tinha essa expectativa”, resumiu Sandra.

Em 2013, a revista mostrava o contrário, com o Cristo Redentor caindo na capa e a pergunta se o país havia se “auto implodido”. “Nesse período houve um declínio muito grande do Brasil no noticiário americano”, falou a jornalista, que explicou: “o que a revista diz é que o país perdeu uma oportunidade, acabou não investindo em infraestrutura, não fazendo uma série de reformas que eram necessárias”.

A terceira capa da The Economist segue a sequência do Cristo Redentor, mas trata de corrupção. “O que as pessoas reais me diziam era “nossa, o Brasil!… O problema de vocês é a corrupção… Mas o que exatamente está acontecendo, me explica aí…” E eu respondia “vocês têm umas três horas?” Eu posso explicar…”, contou a jornalista.

Sandra também falou que o americano de forma geral tem uma boa imagem do Brasil. “O país tem uma imagem muito positiva nos Estados Unidos. Dificilmente você conhece alguém que fala “hã, o Brasil…” Mesmo ao falar de problemas de corrupção é sempre “que pena que o Brasil tem problemas de corrupção”, porque existe uma simpatia muito grande pelo nosso país”, contou. Ela destacou é um estereótipo, mas de certa forma é positivo, porque o jeito de ser do brasileiro é uma das coisas que atraem os estrangeiros para fazer negócios no país.

Ela finalizou a apresentação ressaltando que o varejo brasileiro cresceu o dobro do americano no último ano e que este deve ser um motivo de orgulho.

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