No varejo, o futuro próximo é o integrated commerce para o omniconsumidor metaconectado

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omniconsumidor

No centro de tudo está o omniconsumidor – cidadão com sua importância e conhecimento reconfigurados e potencializados por uma realidade que, cada vez mais, oferece mais por menos. Que é o que ele ou ela mais quer.

Um dos temas que mais espaço e tempo ocupam em Nova York, na NRF Show 2023, o mais importante evento em conteúdo dos setores de varejo e consumo no mundo, é a transformação estrutural desses setores pelas mudanças que ocorrem com o consumidor pós-pandemia e pelas ofertas de alternativas que foram, estão e serão criadas.

De um lado, a transformação do antigo PDV no Omni PDX, incorporando design, experiência, conveniência, soluções e muito mais para atrair e reter o cada vez mais volátil consumidor. Por
conta do aumento da oferta de alternativas e da multiplicação dos canais de comunicação e informação, temos a emergência desse omniconsumidor metaconectado.

Definitivamente, não basta o apelo do produto em si, o design e a criatividade do layout, da comunicação visual e da experiência proporcionada pelo relacionamento humano que ocorre no ambiente das lojas.

O omniconsumidor metaconectado evoluiu muito em sua escala de desejos e ambições por conta das muitas alternativas desenvolvidas e oferecidas pelo mercado e é o êmbolo, o elemento transformador de toda a realidade.

O que é oferecido por Amazon, Alibaba, Walmart, Target e muitos outros tem o poder mágico de atender e transformar o mercado ao mesmo tempo.

Mas é preciso mais. Muito mais, para atender aos desejos e expectativas de quem tem mais alternativas para escolher, resultado de seu atualizado nível de informação sobre produtos e serviços, seu conhecimento sobre preço e, principalmente, o valor do que é oferecido e a mais constante atualização sobre alternativas, combinações e possibilidades.

Se em algum momento no passado se imaginou que o consumidor seria o rei, nunca se imaginou um reino tão amplo e de um reinado tão longevo.

Para entender e atender esse omniconsumidor multiconectado foi pensado o Unified Commerce, juntando todos os elementos passíveis de conhecimento e monitoramento para entregar uma
solução alinhada com suas expectativas.

Mas o mais é cada vez mais real.

Não basta unir ou juntar.

É preciso integrar de forma visionária e com todos os recursos que a tecnologia e o digital podem oferecer para monitorar, prever, agregar e integrar produtos, experiências, soluções, design, arte,
conveniência e relacionamento humano. E, com isso, criar o novo que tenha o potencial de atrair, vender, reter e fidelizar o omniconsumidor metaconectado.

Os exemplos começam a surgir e se tornam relevantes. Cada um em sua própria realidade. No Costco, mais orientado para o valor e serviços. No Walmart, na combinação possível de valor e conveniência. No Whole Foods, combinando produto, valor, soluções e reconhecimento. Na Amazon, na conveniência, valor e amplitude da oferta. E no Target, combinando valor e conveniência.

Cada um a seu modo, em maior ou menor escala, buscando alternativas para integrar de forma virtuosa sua oferta de produtos, serviços, soluções, localização, proposta de valor, experiência e encantamento nos seus diversos canais, físicos, digitais ou híbridos, em busca de diferenciação possível.

Essa é a proposta do Integrated Commerce para além do Unified Commerce no varejo.

Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem e
publisher da plataforma Mercado&Consumo.

Imagem: Shutterstock

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