Franchising: o modelo de negócio preferido dos empreendedores do século XXI

Desde que o franchising surgiu no Brasil, tem aumentado o interesse dos empreendedores por esse modelo de negócio. Com o advento da globalização, e consecutivamente, a velocidade da informação, os empreendedores estão cada vez mais informados sobre os diversos modelos de negócios. Dados da Associação Brasileira de Franchising em 2015 indicam que o setor obteve um faturamento de aproximadamente R$ 139,6 bilhões, e fechou o ano com 3.073 redes franqueadoras e 138.343 unidades franqueadas.

No ano de 2014, a quantidade de unidades franqueadoras foi de 2.942, assim, paralelamente com 2015, cresceu em 4,5%. Em relação ao faturamento, o segmento que obteve a maior participação na composição de 2015 com 21,1% foi o setor de negócios, serviços e outros varejos, seguido do setor alimentício que ficou com 20%. Em 2014, a quantidade de unidades franqueadas correspondeu a 125.641 unidades tendo uma taxa de mortalidade de 3,7%. Quanto as microfranquias, dados de 2014 apontam que 433 redes de franquias aderiram ao modelo.

As estatísticas apresentadas, apresentam num primeiro momento, que o segmento de franchising cresce e o modelo de microfranquias aparece como opção de negócio a potenciais empreendedores em comparação a franquias convencionais, principalmente, no momento de crise econômica do país.

Grosso modo, todo modelo de negócio oferece vantagens e desvantagens ao empreendedor. Quanto ao modelo de franquias podemos sintetizar algumas vantagens, por exemplo: suporte e assistência do franqueador (marketing, vendas, jurídico, financeira etc.), reconhecimento da marca no mercado, acesso a tecnologias, transferência do know-how dentre outros. Quanto às desvantagens pode-se apontar: pagamentos de taxas periódicas (royalties, publicidade) ao franqueador, conflito de interesses entre as partes (rigidez do sistema de franchising – não permitindo inovações espontâneas dentro das franquias, por exemplo: criação de novos produtos, escolha de fornecedores e outros).

Apesar das desvantagens, o sistema de franchising ainda atua como um negócio promissor ao empreendedor. Haja vista, que empreendimentos de maneira geral, possuem um índice elevado de mortalidade em comparação às franquias. De forma complementar, o retorno do investimento, a marca e a assessoria do franqueador soam como os traços mais relevantes para o investimento em franquias.

Apesar da popularidade desse modelo de negócio (na mídia, na sociedade, na academia) potenciais empreendedores desconhecem os procedimentos jurídicos para a “adoção” de uma franquia. Para isso, existe a Lei de Franchising nº 8955/94, também chamada de Lei Magalhães Teixeira que “nasceu” com o intuito de garantir ao potencial franqueado o acesso sobre as informações do sistema de franchising. Para que o negócio venha ser concretizado, o franqueador disponibilizará ao franqueado a COF (Circular de Oferta de Franquia) neste contrato deve conter claramente os dados do franqueador, a quantidade de redes de franquias, os investimentos necessários para montar o negócio, as taxas e demais informações.

Em suma, antes de escolher o modelo de franquias ou microfranquias, o empreendedor deverá fazer a “lição de casa” – estudar o tipo de segmento que se encaixa em seu perfil (alimentício, digital, saúde, beleza, vestuário etc.), se terá sócio na condução do negócio, quanto poderá investir dentre outros deveres.

Genericamente, especialistas e consultores apontam que o franchising é uma opção “segura” para iniciar a carreira empreendedora, e por que não, tornou-se o modelo preferido dos empreendedores do século XXI.

 

Fonte: Administradores

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