A Biopower, empresa da JBS produtora de biodiesel, acaba de iniciar a operação do primeiro ponto de abastecimento de biodiesel 100% (B100) do Brasil. A companhia é a primeira do País a obter a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para abastecer a frota de caminhões da JBS.
O bioponto fica no complexo industrial de Lins, no interior de São Paulo, e conta com duas bombas dedicadas exclusivamente ao B100. Ele tem a capacidade de oferecer 30 mil litros de combustível, dos quais já são utilizados 10 mil litros por mês, conforme prevê a regulamentação da ANP, com projeção de ampliação de volume para os próximos meses.
“Estamos muito orgulhosos com mais esse progresso, pois contribui para avançarmos cada vez mais com o biodiesel como uma alternativa imediata para a descarbonização da matriz energética no transporte brasileiro”, diz Alexandre Pereira, diretor comercial da Biopower.
Segundo a JBS, a iniciativa tem como objetivo “contribuir com o crescimento do mercado de biodiesel no País, liderando o movimento para ampliação da oferta desse tipo de combustível – uma alternativa para emitir 80% menos gás carbônico em comparação ao diesel fóssil”.
Combustível limpo
Considerado um combustível mais limpo, biodegradável e altamente eficiente no aspecto ambiental, o biocombustível também se mostrou compatível com a tecnologia já existente de motores da indústria automobilística, conforme apontou um teste divulgado pela Biopower neste ano. O resultado reforça o biocombustível como uma opção prática, sustentável e disponível para reduzir as emissões relacionadas ao transporte.
Desde o ano passado, o combustível tem sido submetido a testes práticos. Um caminhão da montadora holandesa DAF já utiliza o B100 com o objetivo de comprovar a qualidade do biocombustível como substituto para o setor. O caminhão já passou de 120 mil km de uso.
“Queremos consolidar o nosso pioneirismo na ampliação do acesso no Brasil. Vamos ampliar cada vez mais nossas parcerias com as montadoras para compartilhar amplamente a eficiência que o B100 proporciona em nosso ecossistema de transporte. Tenho certeza que este é apenas o início de resultados altamente promissores”, destaca Pereira.
Os testes com o B100 estão em linha com o movimento de expansão dos biocombustíveis na matriz de transportes do Brasil. Desde 1º de março, o aumento do percentual da mistura de biodiesel ao diesel vendido para o consumidor final já está funcionando na prática. O índice do biocombustível no diesel comercializado no País passou a ser de 14% e já está prevista uma nova alta, agora para 15%, a partir de 1º de março de 2025.
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