Dados do IBGE evidenciam que as vendas do comércio continuam sentindo os efeitos da greve dos caminhoneiros, que aconteceu em maio. Em julho foi registrada queda de 0,5% das vendas no mercado brasileiro, se comparado ao mês anterior. Mesmo assim as expectativas para a Black Friday, que acontecerá em 23 de novembro, estão altas.
Segundo último levantamento do Google, 81% dos 1.500 entrevistados declararam que pretendem comprar durante a Black Friday. O número de pessoas que conhecem a data comercial subiu de 27% dos respondentes, em 2014, para 99,5% em 2018. Os novos compradores estão aumentando gradativamente e a classe C é que mais se insere nesses percentuais, seis entre dez pertencem à classe C.
Para os pequenos e microempresários esta é uma oportunidade para aumentar as vendas. Lars Leber, country manager da Intuit, empresa de desenvolvimento de sistemas de gestão financeira, afirma que é preciso se preparar o quanto antes. “Para uma ação eficiente é importante conhecer muito bem o próprio negócio e, neste caso, o controle das finanças pode ser um aliado fundamental na definição da estratégia comercial”, afirmou.
De acordo com a companhia, as estratégias mais importantes para o período pré-Black Friday são:
- Focar na campanha e nos descontos: Por meio do controle financeiro, é possível analisas as vendas dos últimos meses, entender as margens e quais produtos há no estoque. É necessário então determinar o objetivo da campanha, o público que se deseja atingir e só então definir quais produtos e serviços serão ofertados e quanto de descontos pode ser adicionado. Com a ajuda do QuickBooks, por exemplo, é possível fazer análises financeiras para medir a margem dos produtos/serviços e definir os descontos a serem estabelecidos de forma prática e inteligente. Com isso em mente, é possível decidir quanto pode ser investido em ações de marketing para divulgação e captação de novos clientes.
- Não ficar com o estoque vazio: Outra questão essencial quando se trata de Black Friday é o planejamento do estoque. É importante avaliar quais produtos podem entrar em uma “queima de estoque”, avaliar quantidades para garantir volume de vendas e, por fim, identificar a condição real do estoque e os produtos que possuem maior rotatividade. O mesmo critério vale para a oferta de serviços. Analisar a capacidade de entrega e qual prazo pode ser cumprido para não ter problemas com a entrega após a venda.
- Entender e planejar a gestão de diferentes modos de pagamento: É preciso estar atento para administrar diferentes formas de pagamento, como parcelamentos, e avaliar precificação dos produtos, tendo em mente as taxas de cartão de crédito, além de estabelecer os fretes e estudar a implantação do frete grátis a partir um valor total de compra, como acontece com frequência nos e-commerces. É importante garantir que a promoção não irá ter um impacto negativo nos meses pós Black Friday e que não haja um desencontro de caixa entre os investimentos realizados para campanha e o efetivo recebimento das vendas.
• Fazer estimativas para próximas vendas: Criar orçamentos e avaliar expectativas a curto, médio e longo prazo, incluindo os meses que antecedem a Black Friday. Organizar o que se espera para cada mês torna possível uma análise posterior do que se concretizou ou não, isso ajuda a entender melhor o negócio a cada ação realizada. Essas informações também serão importantes para promoções futuras – com um histórico documentado do que aconteceu em promoções anteriores, fica mais fácil prever e se preparar para futuras campanhas.
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