Grupo GPA lamenta morte de Abilio e destaca contribuição de empresário para varejo brasileiro

Na nota de pesar, a companhia deseja "que sua memória seja honrada e seu legado continue a inspirar o empresariado no Brasil"

Abilio

O Grupo Pão de Açúcar emitiu nota lamentando a morte de seu fundador, o empresário Abilio Diniz, que faleceu neste domingo, 18.

“Lamentamos profundamente a perda do empresário Abilio Diniz. Sua significativa contribuição para o crescimento e consolidação do varejo brasileiro é inegável, especialmente pela sua história no GPA. Sua liderança e inovações moldaram o setor, impactando positivamente a economia nacional e inspirou gerações”, diz a nota, enviada pela assessoria de imprensa.

“Que sua memória seja honrada e seu legado continue a inspirar o empresariado no Brasil. Nossos sentimentos à família e amigos neste momento difícil”, diz o GPA, em nota.

Diniz, GPA e Casino

Fundador do Pão de Açúcar, Abilio Diniz ficou à frente da rede até 2013. O conglomerado francês, que controla a rede varejista desde 2012, cobrava a saída do empresário da presidência do conselho desde que Abílio passou a comandar também o conselho da BRF – um dos fornecedores do Pão de Açúcar. A sua saída marcou o fim do conflito.

A relação com o Casino começou em 1999, quando fechou um grande acordo com o grupo francês rival do Carrefour, que chegara ao Brasil em 1975 e se tornara seu principal competidor. Em 2002 assumiu a presidência do Conselho de Administração. A partir daí, o Pão de Açúcar passaria a ter executivos no comando da operação.

Em 2005 foi criada uma nova holding, a Vieri Participações, dividindo a sociedade em 50% para a família Diniz e 50% para o grupo Casino.

Pelo acordo, Abilio continuaria na presidência do Conselho até 2012, mesmo que os franceses tivessem a maioria das ações (já tinham). Em 2011, quis romper o acordo com o Casino, propondo um negócio com o Carrefour. Tinha o apoio do BTG Pactual e a propalada promessa de um aporte do BNDES.

A disputa foi aos tribunais e em 2013, após acordo, Diniz deixou sua cadeira no Conselho do Pão de Açúcar. O Casino assumiria então o GPA e a Via Varejo.

A esta altura, Abilio já era presidente de outro conselho, o da BRF, a então recente e surpreendente fusão das marcas Sadia e Perdigão. Também passara a ser um dos maiores acionistas do Carrefour, através da Península Participações, que havia criado anos antes – com o nome em homenagem a seu lugar no Guarujá – para administrar a fortuna e os negócios da família.

Ficou como presidente da BRF até 2018, quando foi substituído por Pedro Parente, então presidente da Petrobras. Continuou um grande acionista da BRF assim como do Carrefour Brasil e mundial, do qual foi conselheiro.

Com informações de Estadão Conteúdo (Natália Coelho)
Imagem: Divulgação

 

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