O futuro do e-commerce está na customização (e nos super apps)

Enquanto novas tecnologias despontam no comércio eletrônico, a customização mantém um padrão de excelência para a experiência e a relação da marca com o consumidor

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Dizer que o e-commerce revolucionou a forma como as pessoas adquirem produtos pode parecer chover no molhado. Mas fato é que o setor, mesmo com números tão promissores e uma consolidação inegável no mercado de consumo, ainda tende a protagonizar uma série de evoluções no que diz respeito à relação das marcas com os usuários. Em prol de resultados satisfatórios, é necessário, cada vez mais, pensar em soluções compatíveis com o nível de exigência do público.

De acordo com estimativas levantadas pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce atingirá uma marca de R$ 185,7 bilhões em faturamento neste ano. Com certeza, são informações que demostram a importância do tema. Mais do que nunca, a hora é de se pensar em aproveitar um boom que não demonstra qualquer tipo de retração.

Não por acaso, novas tecnologias surgem como oportunidade para empresas que desejam potencializar seus serviços de e-commerce. No centro das iniciativas está a experiência do consumidor, motivando um olhar atento a métodos e ferramentas alinhadas com uma jornada de compra marcante. Na prática, todos os caminhos levam à customização. Explico o porquê.

Os benefícios da customização

Produtos e serviços de qualidade são fundamentais na consolidação de uma marca no ambiente online. Sem dúvidas, não se trata de subvalorizar diferenciais que continuam exercendo um papel crítico para a criação de vínculos com os usuários.

Mas hoje, definitivamente, sob a perspectiva de empresas que compartilham um foco central no crescimento de suas operações, é preciso ir além, reunindo os requisitos necessários para experiências que acionem gatilhos de fidelização.

Além de permitir que os consumidores explorem plataformas desenvolvidas justamente para atender a demandas específicas de modo personalizado e atual, uma ferramenta que apresente funcionalidades customizáveis é capaz de aumentar as chances de conversão. Se apoiada por um nível elevado de tecnologia, com processos intuitivos e o que há de mais inovador em termos digitais, as expectativas mostram-se ainda mais atrativas.

O conceito defendido pelo super app e sua aplicabilidade

Seguindo essa linha de raciocínio, o desafio maior talvez seja garantir que esse modelo de customização seja apoiado em todas as etapas referentes à jornada de compra – incluindo o pós-venda. Por decorrência, muitas das tecnologias que surgem como tendência no comércio eletrônico carregam a integração como um diferencial estratégico.

Otimizar o relacionamento com o cliente dentro de espaços ágeis, seguros e acessíveis, é um movimento natural de negócios presentes no e-commerce, o que nos leva ao conceito de super apps e o potencial por trás da ferramenta.

Os super apps, por possuírem diversas funcionalidades, fornecem serviços capazes de solucionar e conduzir toda a demanda do consumidor em uma única plataforma, respondendo a processos de e-commerce, passando pelo pós-venda e toda a cadeia de experiência do cliente em um aplicativo dedicado.

Ao unificar operações, o super app oferece benefícios significativos para a empresa, diminuindo o tempo gasto com atividades descentralizadas e poupando recursos. Como o próprio termo sugere, sua ideia é replicar os diferenciais de vários aplicativos em um só, atendendo de forma efetiva a busca por praticidade.

Por fim, se utilizarmos o ponto de vista do usuário como referência, não há como negar a importância de simplificar operações e facilitar a vida de quem está interessado em determinada mercadoria. Para as empresas, as luzes estão direcionadas para a missão de traduzir essa demanda em mudanças reais, e, por meio da customização somada à assertividade de soluções tecnológicas, é possível corresponder a um mercado que já não aceita mais meios-termos, somente a excelência.

Stallin Silva é CEO da Stoom.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock

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