Quando participamos de um evento com a dimensão do LATAM Retail Show, temos a oportunidade de captar o sentimento de diferentes segmentos do mercado, do consumo e, em especial, do varejo.
Se fosse resumir em uma palavra o sentimento de quem participou do evento seria: confiança e trabalho duro. Como não é possível sintetizar o conteúdo, as inspirações, os debates e a energia positiva para a retomada do Brasil que todos nós sentimos ao participar do evento, fiz essa lista (incompleta) das sete lições que tiramos do evento. Confira:
1) Líderes empresariais e suas equipes devem estar dispostos e disponíveis para a transformação
Os líderes que passaram pelo evento deixaram uma mensagem clara de FORÇA e OBSTINAÇÃO pela retomada do Brasil e que, para isso acontecer, muita coisa tem que ser feita.
2) Fortalecer sua cultura empresarial
CULTURA é um capítulo a parte nessa história. Exemplos de novas empresas que já nascem com um posicionamento moderno e integrado, conseguem ter a agilidade, flexibilidade e rapidez que o mercado precisa hoje. O tempo e velocidade no varejo são fatores críticos de sucesso.
Grandes corporações que enxergam tardiamente essa necessidade de ajustes podem não conseguir se movimentar tão rapidamente em função dos seu tamanho, estrutura e, justamente, por resistências culturais. Porém, vimos exemplos de empresas como Magazine Luiza, Renner, Riachuelo e Vivo, entre outras gigantes do varejo brasileiro, estão se movimentando para construir algo mais forte que uma relação puramente comercial com seus clientes.
3) Obsessão pelo Omniconsumidor
Em visita ao Uber Eats, durante as visitas técnicas, ouvimos essa expressão que sintetiza a postura de uma empresa responsável pela quebra de muitos paradigmas da nossa vida moderna.
A visão de negócio, seja ele qual for, quando moldada a partir do seu CONSUMIDOR, se mostra mais forte, consistente e proprietária. A análise de dados de comportamento é ferramenta fundamental das estratégias de empresas modernas.
Quando entende-se a real necessidade do cliente, desenvolve-se uma relação mais pessoal, próxima e personalizada.
Ao colocar o cliente no centro do desenvolvimento das estratégias, surgem ideias mais fortes, sem o receio de questionar o status quo. A real inovação é a centralidade no cliente.
4) Propósito
Na era da informação abundante, transmitir os atributos racionais de uma marca é o que menos importa. Os consumidores precisam entender a razão de existir da marca e buscam por mais significado na relação com as marcas. O PROPÓSITO é o principal motivador de escolha das pessoas pois, definitivamente, produtos não estão sendo suficientes. As empresas devem estabelecer a conexão emocional na vida das pessoas.
5) As nossas pessoas
As pessoas se sentem pior em relação a seus empregos hoje do que em qualquer outro momento da história e a força de trabalho é a força vital de qualquer organização. Todos nós queremos trabalhar em um lugar construído por algo mais elevado, e os funcionários estão passando a valorizar empresas que trazem seu propósito como a força por trás de tudo e que reflita de maneira transparente e consistente seus VALORES.
6) Globalização
A VELOCIDADE de aprendizado e adaptação que o consumidor moderno tem hoje, nos faz sentir que o mundo encolheu de tamanho. “Para ser disruptivo, acompanhe outra indústria”. Não olhe somente para seu umbigo. Utilizar benchmarks nacionais ou até internacionais funciona como uma forma eficiente de abrir a cabeça e tentar diminuir a resistência cultural de inovação da sua empresa. “Olhe para fora e copie o que existe de melhor”, como bem disse Abílio Diniz.
7) Olhar para dentro sem deixar de olhar pra fora
Ajustar suas operações para a DIMENSÃO correta do seu negócio. Isso pode significar fechar lojas deficitárias, remodelar lojas que não performam bem ou rever processos para melhoria de eficiência operacional. Se você ainda não se mexeu, está atrasado. Como disse Abílio Diniz, “Ou se ajustou ou ficou pelo caminho.”
BÔNUS! Não poderia deixar de fora da lista dois pontos importantes:
Integração entre canais
As marcas cada vez mais próximas do consumidor, promovendo o acesso do consumidor diretamente com as marcas, desintermediando processos, etapas e estreitando as relações.
Novos formatos e soluções de produtos e serviços
Ao incorporar serviços nas suas ofertas, aumenta sua diferenciação e quanto mais maduro um mercado, maior a participação do setor de serviços na sua oferta.