Lucro Líquido da Iguatemi cresce 20,7% em 2019

Iguatemi Shopping

A Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets e três torres comerciais, encerrou o ano com bons resultados operacionais, o que reforça sua resiliência e comprometimento com o mercado. A companhia teve lucro líquido de R$ 314,3 milhões, um avanço de 20,7% sobre o ano de 2018.

Os esforços de atualização do mix de lojas também levaram a Iguatemi a alcançar uma margem EBITDA de 84,3%, chegando a R$ 635,8 milhões, um avanço de 13,8%, o que excluindo a receita auferida com a venda de ativos levou a um EBITDA de R$ 575,1 milhões e margem de 76,2%, dentro do guidance estabelecido para 2019.

Mesmo considerando que o país enfrentou grandes desafios nos últimos 12 meses, a rede de shoppings registrou aumento de 3,8% em vendas totais, atingindo R$ 14,2 bilhões em 2019. O indicador passa para um avanço de 6,9%, excluindo os ativos vendidos ao longo do ano da base de cálculo. “A reciclagem do portfólio, apesar de impactar o resultado no curto prazo, foi determinante para garantirmos ativos mais coeso e alinhado com nossa estratégia”, conta Cristina Betts, CFO da companhia.

Em 2019, as vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 6,1% e o desempenho das vendas mesmas lojas (SSS) apresentou aumento de 4,8% em comparação com o ano anterior. Os aluguéis mesmas áreas (SAR) e os aluguéis mesmas lojas (SSR) cresceram 5,7% e 7,3%, respectivamente, no ano contra ano.

A linha de receita líquida chegou a R$ 754,3 milhões, um avanço de 4,5% no comparativo anual, que ao retirarmos o efeito da saída do Iguatemi Florianópolis e Iguatemi Caxias do Sul, cresceu 5,1% versus 2018.

“A entrega destes números e de mais um guidance, especialmente em um ano com um cenário macroeconômico e político desafiador, reforça nosso foco em resultados e demonstra a capacidade de planejamento e execução da Iguatemi”, completa Betts.

O ano foi marcado pelo lançamento do Iguatemi 365, marketplace da rede, além da valorização de 35% na liquidez média das ações da companhia. O exercício do direito de preferência para aquisição de 20% do Praia de Belas e 15% do Shopping Center Esplanada, somado a compra de participação indireta de 6,58% no Iguatemi Porto Alegre, na torre Iguatemi Business anexa ao shopping e a aquisição de 47% da Maiojama Partipações S/A, foram movimentos importantes que tiveram impacto positivo no negócio em 2019.

Neste sentido, com o objetivo de rentabilizar potenciais construtivos de cada empreendimento, desenvolver o entorno dos shoppings e garantir um fluxo qualificado para os mesmos, o ano anterior ainda registrou a venda fracionada de terreno para construção de uma torre residencial no Iguatemi Esplanada e outra no Iguatemi São José do Rio Preto.

Segundo com a leitura de Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&Malls, as vendas totais nos shoppings Iguatemi cresceram 3,8%, bem menos do que os 5,4% de aumento alcançados pelos lojistas da Multiplan, outra rede que já divulgou seus resultados do ano.

“Outro dado preocupante no balanço do Grupo Iguatemi é sua taxa de ocupação de 93%, menor do que a média nacional de 2019 divulgada pela ABRASCE, que ficou em 95,3% e bem abaixo da taxa de ocupação da Multiplan que chegou a excelentes 98%. Mesmo assim, o lucro líquido do Grupo Iguatemi cresceu mais de 20%, passando de 314 milhões, que é um bom resultado. Outro ponto positivo é a busca pelo equilíbrio no portfólio, com a venda de participações no Iguatemi Florianópolis e Iguatemi Caxias“, explica o especialista.

Balanço 4T19

A Iguatemi encerrou o quarto trimestre de 2019 com resultados positivos, marcado pelo início de um novo momento do negócio com o lançamento do Iguatemi 365, que coloca a companhia na posição de um dos principais players omnichannel do setor.

“A integração do Iguatemi 365 com o novo Iguatemi One, por exemplo, irá nos ajudar a melhorar nosso entendimento sobre o comportamento de consumo dos nossos clientes no ambiente físico e digital, permitindo a entrega de uma proposta de valor adequada a cada perfil de consumo”, conta Cristina. A plataforma já atende todo o Estado de São Paulo e irá aumentar a oferta de marcas e expandir sua atuação para todo o Brasil.

No dia 31 de dezembro de 2019, a rede fechou seu lucro líquido em R$ 111,8 milhões, 40% superior ao 4T18 e o Ebitda atingiu R$ 200,2 milhões, um aumento de 25,9%, que levou a uma margem de 94,8%.

O portfólio apresentou crescimento de 0,7% de vendas totais em comparação ao mesmo período de 2018, para R$ 4,3 bilhões, que excluindo os ativos vendidos no período do cálculo, aumentou 8% sobre o quarto trimestre do último ano.

A companhia atingiu uma receita bruta de R$ 241,0 milhões no 4T19, um avanço de 4,6% versus 4T18. O processo de redução dos descontos iniciado em 2018, apesar de ter se mostrado mais desafiador do que o esperado, contribuiu para um crescimento da Receita Líquida, que chegou a R$ 211,2 milhões nos quatro últimos meses do ano, 5,4% acima do mesmo período em 2018.

Reflexo da inflação do período e da maturação de operações que abriram suas portas nos trimestres anteriores, a companhia registrou um avanço de 4,6 % em aluguéis mesmas áreas (SAR) e 5,2 % em aluguéis mesmas lojas (SSR), em relação aos mesmos meses do ano anterior. As vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 7,4% e o desempenho das vendas mesmas lojas (SSS) foi de 5,7% no 4T19.

O resultado também foi impulsionado pela dedicação da rede na captura de marcas qualificadas para compor o mix e maturação de ativos como o Iguatemi São José do Rio Preto. “Concentramos grande parte dos nossos esforços ao longo do ano em entregar ao consumidor um mix de lojas diferenciado e só no 4T19, inauguramos 131 novas operações”, completa a executiva.

Considerando o resultado dos ativos a 100%, a receita de aluguel apresentou um crescimento de 1,7%, atingindo R$ 326 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 4,1% em relação ao 4T18. Por outro lado, a receita de estacionamento, chegou a R$ 68,3 milhões, queda de 1,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Ao excluir os shoppings cujas participações foram vendidas, os indicadores apresentam, respectivamente, um aumento de 7,0% e de 2,8% no trimestre.

A ocupação média do portfólio no período foi de 94,0%, 0,6 ponto percentual abaixo do 4T18, com uma melhora significativa versus os 92,4% apresentados no 3T19.

* Imagem reprodução

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