A notícia que sacudiu o mercado varejista brasileiro ontem foi a aquisição da Fnac, varejista de livros e eletrônicos de origem francesa, pela Livraria Cultura.
De acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, antes de repassar o negócio por um valor simbólico para o grupo nacional, a Fnac também se comprometeu a investir cerca de R$ 150 milhões no negócio.
O anúncio pegou o mercado de livros de surpresa, até porque a Cultura passa por dificuldades no momento, inclusive com atrasos de repasses de pagamento a editoras.
Depois de atingir a marca de R$ 440 milhões em 2014, a empresa viu sua receita cair cerca de 17% nos últimos dois anos, atingindo R$ 380 milhões em 2016. Além disso, os últimos dois anos foram de cortes no setor administrativo – a companhia cortou 800 funcionários no período, reduzindo seu efetivo em 40% desde 2014.
Em sua conta no LinkedIn, no entanto, o presidente da Livraria Cultura, Sergio Herz, comemorou o acordo com a Fnac. Segundo ele, trata-se de um passo que vem para transformar o negócio da companhia, fundado há 70 anos.
Outro desafio da Cultura será incorporar o segmento de eletroeletrônicos, que é o carro-chefe da Fnac.
A Fnac foi assessorada pelo Santander e pela Veirano Advogados. A Cultura teve assessoria do Souza Cescon Advogados.
Fonte: O Estado de S. Paulo