Representatividade negra avança no mercado corporativo

Pela primeira vez, o IERE reportou uma melhora robusta em quase todos os pilares

Os dados da quinta edição do Índice de Equidade Racial nas Empresas (IERE) apontam um avanço significativo no engajamento das organizações com a pauta racial no Brasil. Segundo o estudo, a participação de homens negros na força de trabalho das empresas cresceu de 15% para 19%, enquanto a de mulheres negras aumentou de 12% para 13%.

A participação de homens negros em cargos de diretoria, superintendência e alta gerência subiu de 7% para 8%, enquanto a de mulheres negras aumentou de 3% para 4%. Já a representatividade agregada de homens e mulheres negros no quadro executivo e no conselho de administração subiu de 5% para 5,6%

O aumento da representatividade negra, especialmente em cargos de maior responsabilidade, é visto como um passo positivo no enfrentamento ao racismo estrutural, embora o caminho para a equidade plena ainda exija mais esforços e ações contínuas.

“Pela primeira vez, o IERE reportou uma melhora robusta em quase todos os pilares. Nas edições anteriores, observávamos progresso em um pilar, mas uma piora semelhante em outro, resultando em pouca variação no índice global. Esses resultados mostram que o primeiro passo foi dado”, afirma Raphael Vicente, diretor-geral da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial.

O IERE, que avalia seis pilares da equidade racial nas corporações, inclui um sistema de avaliação que estimula a competição saudável entre as empresas, oferecendo relatórios personalizados para cada participante. Neste ano, 45 empresas participaram do estudo, representando um faturamento superior a R$ 1 trilhão, o que reforça a relevância do índice e o impacto das práticas de diversidade no mercado brasileiro.

Imagem: Shutterstock

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