Homens ganhavam, em 2021, 16,3% a mais que mulheres, diz pesquisa

Participação feminina no trabalho cresceu para 44,9%

Homens ganhavam, em 2021, 16,3% a mais que mulheres, diz pesquisa

Os homens eram maioria entre os empregados por empresas e também tinham uma média salarial 16,3% maior que as mulheres em 2021, indica a pesquisa Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgada nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo mostra que, naquele ano, os homens receberam, em média, R$ 3.484,24, enquanto as mulheres, R$ 2.995,07. O salário médio pago pelas empresas teve queda em 2021, passando de R$ 3.353,07 para R$ 3.266,53.

Crescimento

Apesar da desigualdade, o levantamento também sinalizou que a participação feminina no mercado de trabalho voltou a crescer, depois de ter recuado no primeiro ano da pandemia de covid-19 (2020). Em 2021, cresceu de 44,3% para 44,9%. Já os homens ocupavam 55,1% dos postos de trabalho nas empresas naquele ano.

A série histórica – iniciada em 2009 – evidencia um avanço gradual da participação feminina entre os funcionários das empresas. No primeiro ano da pesquisa, as mulheres ocupavam 41,9% das vagas, três pontos percentuais a menos.

Em 2021, o número de empresas e organizações contabilizado pelo estudo cresceu no país 5,8%, chegando a 5,7 milhões, e a quantidade de sócios e proprietários subiu 5,1%, somando 7,7 milhões. Já o total de pessoas ocupadas por essas organizações chegou a 47,6 milhões, avançando 4,9% frente a 2020.

Metas das empresas

Segundo a quinta edição da Pesquisa Diversidade e Inclusão nas Empresas 2022/2023, realizada pelo Instituto Ethos e a Época Negócios, 66,33% das empresas estão empenhadas em reduzir a disparidade salarial entre gêneros quando exercem a mesma função. Entre os entrevistados, 43,22% afirmam priorizar as mulheres nos planos de sucessão das áreas centrais do negócio, enquanto 53,27% estabeleceram metas para garantir que pelo menos 30% dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres até 2030.

No entanto, houve pouca variação desde o último ano entre as empresas que estabeleceram metas para eduzir a desigualdade de gênero em seus cargos gerenciais e executivos, passando de 58,66% para 59% das respostas.

No início deste mês, foi aprovada pela Câmara uma proposta que visa implementar medidas para garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções. Essa proposta também tornar obrigatória a divulgação de relatórios de igualdade salarial pelas empresas. Atualmente, o projeto está em análise no Senado.

Com informações de Agência Brasil.
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile