Poder do novo presidente da Petrobras será limitado para segurar reajustes

Troca no comando tem como objetivo postergar aumentos para depois das eleições

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O próximo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, não terá a caneta em mãos para segurar novos reajustes. Para ter sucesso em postergar aumentos para depois das eleições como espera o governo, terá de convencer os membros da atual diretoria ou esperar uma renovação completa dos indicados do governo ao conselho de administração.

Só assim conseguirá selecionar um novo alto escalão da estatal e garantir maioria para aprovar pautas desejadas pelo governo e, com isso, atrasar eventuais aumentos nas bombas de combustíveis.

Fontes ouvidas pela reportagem acreditam que o próximo presidente da companhia, que deverá ser confirmado no posto nos próximos dias, deverá tentar segurar um novo ajuste ao menos até as eleições.

Uma fonte que conhece de perto as regras da Petrobras diz que, se Andrade seguir esse caminho, terá de elaborar uma documentação provando que não houve prejuízos ao mercado ou a acionistas com o atraso de se alcançar a paridade dos preços internacionais. Se não conseguir, poderá até ser questionado na Justiça “na pessoa física”.

Andrade vai assumir a vaga deixada por José Mauro Coelho, que pediu para deixar o cargo em maio após pressão do governo para segurar o reajuste dos combustíveis.

Com informações de Estadão Conteúdo

Imagem: Shutterstock

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