Pelo quarto ano consecutivo, o Google apresenta os resultados da pesquisa sobre as intenções dos brasileiros para a Black Friday de 2020. Realizada pela Provokers, a pesquisa também mostra as principais mudanças em relação ao ano passado. No início de outubro, o Google já havia apresentado as principais tendências para a temporada de compras em um evento on-line para agências, empresas e varejistas.
“A Black Friday de 2020 será diferente em muitos aspectos, começando pela maior relevância do digital como o principal canal de compras e a mudança nas intenções, com categorias como móveis, brinquedos, games e imóveis ganhando maior relevância”, diz Gleidys Salvanha, diretora de Negócios para o Varejo do Google Brasil. “Além disso, o brasileiro está fazendo mais planos. Independente do canal, 82% irá pesquisar on-line antes de comprar e as buscas já começaram para 41% dos consumidores”, completa.
A dinâmica de canais foi transformada pela pandemia, com o online ganhando maior relevância nas ponderações dos consumidores entre segurança e vantagens de compra. Para a Black Friday, o digital segue ganhando espaço, puxado principalmente pelos consumidores (40%) que irão comprar exclusivamente no digital, um aumento de 7% em relação à 2019. Já a porcentagem dos consumidores exclusivos das lojas físicas se mantém estável (26% neste ano e 27% em 2019), enquanto aqueles que pretendem compram em ambos os canais tem uma queda de 40% para 34%; indicando que os consumidores que ainda não se sentem seguros para comprar nas lojas físicas devem migrar para o e-commerce.
Entre as categorias, passagens, pacotes de internet, serviços financeiros e games se destacam por sua forte presença on-line. Por outro lado, alimentos e bebidas, veículos e moda terão maior relevância no offline.
Maior experimentação e pesquisas com antecedência
A tendência vista na pandemia de maior abertura para experimentação tende a crescer na Black Friday: 29% dos brasileiros declaram que pretendem fazer algumas das compras da data em lojas diferentes daquelas em que costumam comprar regularmente, um aumento de 12% em relação a 2019.
Independentemente do canal de compra, 82% dos brasileiros vão pesquisar online antes de comprar. E as buscas já começaram para 41% dos consumidores, um número que sobe para 62% quando somados aqueles que declaram começar as pesquisas cerca de um mês antes da data.
Levando em consideração os critérios de escolha mais importantes declarados para a data em 2019 e 2020, o preço ainda é o primeiro fator, mas perde relevância percentualmente. As Buscas no Google mostraram que preço baixo é o básico, mas que existem muitos outros fatores financeiros ganhando relevância, como parcelamento e valor do frete, que já apresentam patamares de busca acima dos registrados na Black Friday 2019.
Impactos da pandemia na intenção de compra
A diminuição de renda dos brasileiros após o início da pandemia reflete na intenção de compra na Black Friday: 54% declaram que comprarão na data em 2020, uma queda de oito pontos percentuais em relação a 2019. A intenção de compras também mostra uma média declarada de 4,5 categorias, 37% menos do que no último ano, o que mostra que o brasileiro está mais preocupado com as finanças e mais consciente das suas prioridades.
O estudo também observou a relação da perspectiva com a economia e a intenção de compra. Para aqueles que se dizem otimistas (37% dos entrevistados), a intenção de compra é de 63%, em linha com os anos anteriores. Mas, para a parte que está mais pessimista (39%), 48% pretendem comprar na Black Friday.
As principais motivações de compra observadas durante a pandemia, como necessidade, indulgência e entretenimento, seguem presentes neste ano e convivem entre si durante a temporada de compras do final do ano. Entre as motivações, estão:
- 57% – Ter o prazer de encontrar boas ofertas e fazer bons negócios;
- 49% – Comprar algum produto que não puderam comprar antes por questões financeiras;
- 41% – Conseguir comprar algum produto que gosto/tenho vontade de ter;
- 34% – Repor algum produto.
Principais categorias para a data
A expectativa para a data é alta: seis entre cada dez consumidores declararam que irão aguardar a Black Friday para comprar um produto que pretendem adquirir nos próximos seis meses.
As dez categorias com maior intenção de compra declaradas foram Celulares (38%), Eletrodomésticos (30%), Informática (28%), Roupas Femininas (28%), TV (26%), Roupas (24%), Eletroportáteis (24%), Perfumes (24%), Tênis (22%) e Móveis (22%). Neste ano, algumas categorias aceleradas pela pandemia seguem fortes para a data, como Móveis, Brinquedos, Games e Imóveis. Por outro lado, passagens aéreas, serviços financeiros e planos de celular são as que mais perdem relevância neste ano.
As buscas no Google também apontam para um comportamento de espera para a compra na Black Friday para Celulares e Eletrodomésticos, que estão com interesse mais elevado que seu histórico, mas ainda abaixo do pico da última Black Friday. Já Informática e Móveis, que passaram por forte aceleração durante a pandemia e registraram buscas no Google acima dos patamares da Black Friday de 2019, devem continuar fazendo parte das necessidades e desejos do consumidor.
Os apps têm ganhado cada vez mais importância dentro da jornada de compra: 70% já possuem o aplicativo da loja preferida no seu smartphone, oito em cada dez declaram que o usam como fonte de consulta e 64% também concluem as compras nos apps, além de fazer consultas. Entre os que vão comprar online na Black Friday, 59% pretendem comprar via aplicativos.
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