Shoppings estimam perda mensal de R$ 15 bilhões com crise

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O comando da Abrasce, associação das empresas de shoppings centers, disse ao Valor que é possível considerar, com base em projeções de faturamento anual, perdas aos shoppings de R$ 15 bilhões em vendas por mês por conta do fechamento dos empreendimentos com a crise gerada pela epidemia com o coronavírus. São cerca de 580 empreendimentos no Brasil.

A associação considera as vendas que ocorrem nas lojas dos empreendimentos, de cerca de R$ 180 bilhões ao ano, com uma média de R$ 15 bilhões mensais — março e abril são períodos que normalmente ficam dentro da média anual do setor. Mas não se trata de um número já fechado ou de um levantamento oficial.

“Estamos considerando que alguns Estados ficarão mais de 30 dias e outros menos, mas mesmo os que ficam menos, cerca de 15 dias, podem ampliar esse prazo e seguir aquilo que São Paulo fez [quase 40 dias de shoppings fechados, até 30 de abril]. Por isso estimamos cerca de um mês de impacto para todo o país, sem considerar que uma eventual reabertura ainda ocorrerá com uma retomada lenta nas vendas. São efeitos que se prolongam, e é difícil ainda ter uma noção mais exata”, disse Glauco Humai, presidente da Abrasce.

Em entrevista ao Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor, Humai criticou na sexta-feira as “declarações planfetárias” e “inconsequentes” de pessoas envolvidas nas discussões de soluções para o setor enfrentar a crise atual.

“Os momentos de caos dão espaço para gente que gosta de criar fatos conseguir aparecer e alguns têm falas inconsequentes sem informações ou dados que representem a realidade”, disse ele. Humai prefere não mencionar nomes.

Líderes de associações de lojistas mencionaram na semana passada o risco de milhões perderem seus empregos no setor, se não houver avanços nas negociações de shoppings com lojistas – sobre condições de contrato de locação de lojas – e sem apoio financeiro dos governos.

“Há muita desinformação hoje. Recebemos um tsunami de uma hora para outra e o setor foi se organizar para fazermos os contatos necessários com governos e com as associações. Neste momento, trabalhamos numa pauta a ser apresentada nesta semana aos associados e governos. Isso tudo leva tempo” disse ele.

Com informações do jornal Valor Econômico
* Imagem reprodução

 

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