Confiança do consumidor apresenta queda de 1,0% em abril

Evolução da confiança do consumidor nos próximos meses estará ligada às perspectivas de renda e emprego

Confiança do consumidor apresenta queda de 1,0% em abril

Registrando 98 pontos, a confiança do consumidor apresenta uma queda de 1,0% em abril deste ano em relação a março, conforme a apuração do Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn. Se considerado o mesmo período de 2023, a queda foi maior, atingindo 2,0%.

Este número representa a quinta queda mensal consecutiva e a quarta contração seguida em relação ao mesmo período do ano anterior desde janeiro de 2021, devido ao início da pandemia de COVID-19 e pelo consequente isolamento social. O nível atual do INC permanece no campo pessimista, abaixo de 100 pontos.

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, considera que a causa do recuo da confiança do consumidor é a diminuição da disposição para adquirir bens duráveis, como geladeira e fogão, enquanto a propensão a investir e a intenção de adquirir itens de maior valor, como carro e casa, permaneceram estáveis.

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias em todo o país, residentes em capitais e cidades do interior, e destacou a queda da confiança nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, enquanto na região Sul o índice mostrou estabilidade. No Centro-Oeste, foi registrado um aumento na confiança dos consumidores. No recorte por classes socioeconômicas, observou-se uma diminuição nas classes AB e DE, com um leve aumento para a classe C.

“Esta tendência negativa do indicador está refletindo o processo de desaceleração econômica, iniciado no ano passado, em um contexto de elevado endividamento das famílias, juros ainda altos e aumento dos preços dos alimentos, que impactam de forma mais significativa as famílias de baixa renda”, completa o economista.

Houve uma deterioração na percepção das famílias, tanto em relação à sua situação financeira atual como em termos das perspectivas futuras, apesar de um leve aumento na sensação de segurança no emprego.

Imagem: Shutterstock

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