A 3M anunciou o corte de cerca de 2.500 postos no setor de manufatura globalmente, no momento em que a demanda por seus produtos rapidamente perdia força, mais para o fim do ano. A companhia publicou balanço mais cedo relativo ao quarto trimestre, com queda de 6% nas vendas, prejudicadas também pelas variações cambiais, e disse esperar que as vendas continuem a recuar no ano atual.
As vendas orgânicas tiveram crescimento mais fraco que o antecipado, afirmou o executivo-chefe, Mike Roman.
Conforme a demanda perde força, a companhia ajusta seus níveis de produção, acrescentou ele. “Esperamos que os desafios macroeconômicos persistam em 2023”, acrescentou.
Para todo o ano, a companhia projeta queda de entre 2% e 7% em suas vendas ajustadas, com lucro ajustado recuando a entre US$ 8,50 e US$ 9,00 por ação.
Queda no lucro
A 3M registrou lucro líquido de US$ 541 milhões no quarto trimestre de 2022, um recuo ante o US$ 1,339 bilhão obtido em igual período do ano anterior. O lucro por ação foi de US$ 0,98, de US$ 2,33 anteriormente, com lucro por ação ajustado de US$ 2,28 no trimestre mais recente. O resultado ficou abaixo da previsão de US$ 2,36 dos analistas consultados pelo FactSet e a ação recuava 4,24% no pré-mercado em Nova York, às 8h50 (de Brasília).
As vendas líquidas da 3M ficaram em US$ 8,079 bilhões no quarto trimestre do ano passado, de US$ 8,612 bilhões anteriormente registrados. A receita operacional também caiu, de US$ 1,616 bilhão anteriormente a US$ 632 milhões no trimestre mais recente.
Em comunicado, a empresa diz que continua a manter foco na entrega de resultados para clientes e acionistas, “em um ambiente econômico desafiador“. A companhia destaca crescimento orgânico de 0,4% obtido no quarto trimestre, ante uma expectativa de entre 1% e 3%. E menciona a desaceleração na China por causa da covid-19 como em parte responsável pelo resultado mais fraco.
A 3M diz esperar lucro por ação ajustado de US$ 8,50 a US$ 9,00 em 2023. No ano anterior, ele ficou em US$ 10,10.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires, Gabriel Bueno da Costa e Sergio Caldas).
Imagem: Shutterstock