O início da pandemia do coronavírus no Brasil foi sentido pelo mercado financeiro e a população também recua na intenção de compras nas primeiras semanas desse mês, antes mesmo do fechamento do comércio na cidade de São Paulo.
Após alta do mês de fevereiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) sofreu queda de 5,5%, – 124,6 pontos em março ante os 131,8 de fevereiro. Já o Índice de Consumo das Famílias (ICF) se manteve praticamente estável, leve retração de 0,6%.
De acordo com a Federação, o faturamento do comércio será drasticamente abalado com as restrições de circulação e fechamentos dos estabelecimentos para atendimento presencial, por isso aconselha os empresários a buscarem alternativas como vendas online, por aplicativos e delivery.
Também sugere que recebam os pagamentos por meio online como PicPay, mercado Pago, AME, por exemplo, para que não haja a necessidade de levar a maquininha de cartão.
O pagamento por meio de aplicativo é tão seguro quanto o tradicional, e o comerciante recebe valores na mesma hora, o que é bom para o fluxo de caixa.
Para a Federação, não é o momento de cancelar as atividades e realizar demissões, mas tentar se adaptar à nova realidade.
Por isso, recomenda renegociação de dívidas com as instituições financeiras, sendo que as principais já se mostraram dispostas a prorrogar por 60 dias os pagamentos de prestações a vencer, exceto para cartão de crédito e cheque especial.
Com a redução da demanda, também não é aconselhável manter o estoque alto, melhor concentrar as compras apenas nos itens básicos.
Além disso, é o momento de refazer cálculos, listar custos de aluguel, energia, gás, máquinas, funcionários, serviços contratados, contador, entre outros.
Confirme se terá dinheiro em caixa para manutenção do negócio nos próximos três meses, em caso negativo procure crédito por meio do Desenvolve SP ou o Banco do Povo, com juros menores do que os praticados pelas instituições financeiras tradicionais.
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano caiu em março (-5,5%): 131,8 de fevereiro para os atuais 124,6 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo foi menor, 0,8%.
Entre os dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) puxou o ICC para baixo com queda de 10%: de 120,9 pontos em fevereiro para 108,8 pontos em março.
Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) recuou 2,8% – 139 pontos em fevereiro para os atuais 135,1 pontos. No comparativo anual, ambos sofreram baixa 11,7% e 6,4%, respectivamente.
ICF
Após quatro altas consecutivas, o Índice de Consumo das Famílias registrou leve queda em março – de 106,8 pontos em fevereiro para os atuais 106,2 pontos. Já em comparação com o mesmo período do ano passado, obteve elevação de 2,6%.
Dos sete itens analisados, os que sofreram maiores recuos foram: nível de consumo atual (-5%) e perspectiva de consumo (-2,4%). Por outro lado, a maior alta foi de acesso ao crédito (2,1%).
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