Tudo o que o novo foodservice precisa: paixão e mentalidade de líder

Tudo o que o novo foodservice precisa: paixão e mentalidade de líder

Após uma jornada de dez dias em Chicago (EUA), que incluiu uma apresentação minha representando a Gouvêa Foodservice na NRA Show 2022, visitas técnicas, discussões, gravação de podcast, summit e atividades de relacionamento, reforço uma das minhas principais crenças: a paixão e a mentalidade do líder movem os negócios em direção à inovação.

Na edição de 2013 da NRA Show, fiz uma visita técnica na rede Mariano’s e o próprio Bob Mariano, na época fundador e CEO, recebeu o grupo para mostrar o conceito inaugurado em 2010 que ilustrava sua visão das novas direções do varejo alimentar e sua integração com a oferta de foodservice. Agora, nove anos depois, Bob novamente surpreende o mercado ao lançar o Dom’s Kitchen & Market. Uma combinação de restaurante e supermercado que encanta e atrai consumidores, além de fidelizá-los. Ouso dizer que a oferta de refeições supera a qualidade de muitos restaurantes.

Outro momento valioso foi conhecer Mia Wan, que empreendeu aos 22 anos e hoje, aos 29, já possui quatro lojas da marca concebida por ela, que se chama Te’amo e é especializada em chás orgânicos com bubbles, em versões quente e fria, com combinações gourmet incrivelmente bem definidas. Tudo envolto em uma estratégia de branding impecável. Marca, propósito, apresentação de produtos e embalagens.

Do ponto de vista corporativo, destaco a DHL e a Ingredion como empresas com mentalidade pró-inovação baseadas na ativação do seu ecossistema de negócios. A DHL chega ao ponto de atuar como uma consultoria na estruturação de planos para a facilitação e inclusão de tecnologias para reduzir o atrito e aumentar a performance dos seus clientes. Já a Ingredion é a patrocinadora do The Hatchery, um hub de foodservice com papel de aceleração de pequenos operadores, ajudando-os a estruturar seus negócios profissionalmente – mas, principalmente, ganharem escala.

Algo a ser lembrado é que a vida do consumidor mudou: home office ainda persistente, inflação afetando a percepção e fidelização no consumo, falta de profissionais especializados pressionando contratantes. Existem três movimentos de líderes aos quais devemos estar atentos:

  1. Os que criam negócios, acreditam neles e fazem acontecer;
  2. Os que sofrem com a dificuldade de se adaptar e correm risco eminente de morrer;
  3. Os que ativam o seu ecossistema para acelerar a transformação do negócio e reconstruir o sucesso.

No primeiro movimento, já citei Te’Amo e Dom’s. O segundo inclui todas as marcas que demonstram agonizar e usam o contexto para se justificar e não entregar sua promessa aos clientes. O terceiro grupo, que é tão inteligente quanto o primeiro, trabalha unindo forças para criar uma poderosa malha de impacto aos negócios.

Independentemente do negócio, a presença transversal da tecnologia e o compromisso com a diversidade, equidade e inclusão, como pudemos nos inspirar Farm On Ogden, são o que nos trará longevidade.

Realizar não é certeza de crescimento.

Crescer exige consistência e continuidade!

Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.
Imagem: Shutterstock

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