Avianca apresenta recurso à autoridade colombiana para fusão com a Viva

Além disso, o grupo alega que a fusão visa a "sobrevivência" da Viva, com manutenção da marca e seu modelo de baixo custo

Avianca

A Avianca apresentou recurso à Aeronáutica Civil da Colômbia para prosseguir com a fusão com a Viva Air. O órgão regulador decidiu barrar o processo neste mês, alegando que a união daria muito poder de mercado às companhias juntas.

A Avianca propôs ações para mitigar as preocupações em torno da fusão. Uma delas é a devolução de uma “porcentagem relevante de slots” (licenças de pouso e decolagem) no aeroporto El Dorado, em Bogotá, à Aerocivil e a cessão de slots com ativos associados aos concorrentes.

Além disso, o grupo alega que a fusão visa a “sobrevivência” da Viva, com manutenção da marca e seu modelo de baixo custo, preservando o maior número possível de empregos, parte de suas aeronaves e a operação das rotas em que a Viva voa com exclusividade.

O grupo colombiano propõe ainda proteção tarifária nas três rotas em que ambas as companhias terão 100% de operação como resultado da transação; impulsionar a conectividade regional, oferecendo acordos de compartilhamento de códigos ou de interlinha com a Satena nas rotas onde ela é a única operadora, “fortalecendo o papel social desta empresa para tornar os territórios isolados do país mais competitivos” e, por fim, a manutenção dos acordos entre linhas aéreas firmados pela Viva para “garantir a conectividade que esta empresa proporciona aos passageiros e a outras companhias aéreas”.

“Estamos abertos e dispostos a continuar construindo a história da Colômbia e contribuir para o fortalecimento do mercado aéreo, de forma que o país esteja cada vez mais e melhor conectado”, disse em nota o presidente e CEO da Avianca, Adrian Neuhauser. “Colocamos diferentes alternativas sobre a mesa para que as autoridades possam estudá-las à luz da proteção do maior número de empregos formais, mantendo a conectividade regional que a Viva oferece, assim como sua marca e aquilo que a torna especial”, acrescentou.

Em abril, os acionistas da Avianca compraram 100% dos direitos econômicos da Viva o que não inclui o controle ou a administração. Em agosto, após o aviso dos arrendadores de aeronaves da Viva sobre sua complexa situação econômica, ambas as empresas solicitaram à Aerocivil autorização para se tornarem parte do mesmo grupo empresarial, processo que foi contestado pela autoridade.

Paralelamente, em maio deste ano a Gol e a Avianca anunciaram a criação de uma holding, que segue sob análise.

Com informações de Estadão Conteúdo (Juliana Estigarríbia)

Imagem: Shutterstock

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