São Paulo completa 467 anos com novas restrições no varejo; veja o que muda

O varejo volta a ter regras mais rigorosas de combate à pandemia de Covid-19 nesta segunda-feira (25) em São Paulo, dia em que a capital do Estado comemora 467 anos. Estabelecimentos de setores considerados não essenciais deverão fechar as portas às 20h e só poderão voltar a abrir às 6h do dia seguinte nos dias de semana. Nos finais de semana, eles deverão ficar fechados o dia todo.

A maior parte do Estado, incluindo a Grande São Paulo, está na fase laranja do plano de flexibilização econômica, mas com restrições iguais às da vermelha nesses períodos determinados. Já as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté voltam a ficar na fase vermelha em tempo integral. As regras valem até o dia 7 de fevereiro.

Na capital paulista, apesar do feriado de aniversário da cidade, a regra desta segunda será a de um dia de semana normal. O mesmo valerá para outros feriados municipais das 645 cidades paulistas neste período. “Na segunda-feira, vai ser a regra do dia útil para todo o Estado”, explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico Patricia Ellen.

Confira, a seguir, o que pode e não pode funcionar em cada fase e que regiões estão nelas.

O que pode funcionar na fase vermelha?

Regiões:

Regras:

O que pode funcionar na fase laranja?

Regiões:

Regras:

Nova classificação será anunciada em fevereiro

De acordo com o governo do Estado de São Paulo, até 7 de fevereiro nenhuma região poderá avançar às fases amarela e verde, as mais flexíveis em relação ao atendimento presencial. “Antes que milhões de brasileiros possam ser vacinados, todos nós precisamos lidar com a dura realidade que a pandemia nos impõe neste momento”, afirmou o governador João Doria na última sexta-feira (22).

As medidas foram recomendadas por cientistas e médicos do Centro de Contingência do Coronavírus (CCC). O grupo de especialistas orienta e aconselha as autoridades estaduais com base em índices epidemiológicos e hospitalares desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, há quase 11 meses.

O Governo do Estado e o comitê de saúde voltaram a pedir a colaboração de toda a sociedade para reforçar o distanciamento social e evitar aglomerações ou reuniões sociais, além de uso obrigatório de máscaras em locais de acesso público e higiene frequente das mãos.

Comerciantes reclamam das restrições

As medidas foram anunciadas na última sexta-feira e geraram protestos imediatamente. O presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa Junior, emitiu nota se dizendo surpreso e afirmando temer pelo futuro dos negócios. A associação representa estabelecimentos comerciais com até 180 metros quadrados presentes em shopping centers e galerias do País.

Também em nota, o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alfredo Cotait Neto, manifestou sua posição contrária à adoção das novas medidas restritivas. Para ele, o governo não levou em consideração a “dramática situação enfrentada pelo setor” e o “fato de que as empresas têm adotado todas as medidas sanitárias necessárias”.

Na própria sexta, donos de bares e restaurantes realizaram um protesto. Eles se concentraram em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, localizado na zona sul de São Paulo, e interditaram duas faixas da Avenida Morumbi.

Protesto realizado na sexta-feira (22) por donos de bares e restaurantes

Imagens: Bigstock, Reprodução e Reprodução/TV Globo

Sair da versão mobile