Suspeitos de vender carne estragada têm prisão preventiva decretada

Os investigados vão responder pelo crime de corrupção de alimentos

Suspeitos de vender carne estragada têm prisão preventiva decretada

Rio de Janeiro (RJ), 22/01/2025 - Carne que foi encontrada estragada durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Foto: Polícia Civil RJ/Divulgação

A Justiça do Rio converteu em prisão preventiva a prisão dos quatro homens detidos em flagrante por terem comprado e revendido 800 toneladas de carne imprópria para o consumo humano. As carnes foram adquiridas de um frigorífico do Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes de maio do ano passado. Eles passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira, 24.

Além dos donos da empresa, sediada em Três Rios, no centro-sul fluminense, o gerente do comércio e o diretor de logística também estão com prisão preventiva decretada.

A Polícia Civil afirmou que foram rastreadas, até o momento, apenas 17 toneladas da carne estragada vendida para um frigorífico na cidade de Contagem, em Minas Gerais.

De acordo com a investigação, que contou com apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, em maio e junho os sócios da empresa se aproveitaram da tragédia para adquirir 800 toneladas de carne bovina que tinham ficado submersas “muitos dias” em Porto Alegre.

Eles alegavam que a intenção era a fabricação de ração animal. No entanto, a investigação descobriu que o destino do produto impróprio era outro. As carnes foram vendidas para outras empresas. A movimentação fez com que o grupo tivesse lucro “de mais de 1.000%”, afirmou a Polícia Civil do Rio, “colocando em risco consumidores de todo o Brasil”.

Os investigados vão responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país. Os quatro foram encaminhados para um presídio no Complexo de Gericinó,  zona oeste do Rio, onde ficarão à disposição da Justiça.

Com informações de Agência Brasil
Imagem: Polícia Civil RJ/Divulgação

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