4 tendências do retail design que transformam a experiência de compra

4 tendências do retail design que transformam a experiência de compra

A internet mudou a vida do varejo e certamente ela é responsável por impactantes e grandes mudanças no jeito de comprar e vender das últimas décadas. São milhares de produtos disponíveis a um clique de distância, em uma jornada de compra que preza cada vez mais pela simplicidade, praticidade e pelo mínimo de tempo despendido. Ao passo que nas transações online e com o comportamento omnicanal o consumidor se sente atendido quase que instantaneamente, mas é pouco reconhecido e acolhido, abrem-se as portas para o momento presencial e, então, para as experiências no ponto de venda físico.

É nesta perspectiva que o retail design, ou então design de varejo, tem também transformado esse segmento, uma vez que essa estratégia vai além de planejar a organização espacial de uma loja. Ela tem a intenção de gerar uma sensação acolhedora, de conforto e segurança nos ambientes, para que a jornada do consumidor seja refletida em uma experiência de compra única, marcante e memorável. Isso significa que, por meio de uma arte que traduz o DNA de uma marca, é possível gerar espaços criativos, que aproximam empresas e pessoas e possuem consistência de estilo e de funcionalidade.

Nesse sentido, um dos primeiros passos para empresas que desejam investir em retail design é entender a fundo o perfil do consumidor, analisando as suas principais características (como por exemplo classe social e faixa etária) e seus hábitos de compra, a fim de criar um ambiente que encante e que desperte interesse. Também é importante que o projeto esteja alinhado aos valores e conceito da marca. A relação do retail design com o branding consiste em pensar e conectar espaço, arquitetura e design de ponto de venda com a promessa, valores e identidade das marcas. É fundamental pensar no negócio como um todo, incluindo as estratégias de comunicação, visual merchandising, sortimento, entre outros elementos.

Ademais, o retail design é “vivo”, ou seja, é uma prática multidisciplinar que sofre o tempo todo influências diretas dos cenários econômico, tecnológico, político e natural. As movimentações nessas perspectivas trazem mudanças no comportamento social e nos hábitos de consumo, que geram impacto no jeito de fazer o design de varejo. Em um mundo pós-pandemia, onde a sensação de segurança, o desejo por conveniência, a busca por novidades e a consciência relacionada ao bem-estar e à sustentabilidade são hábitos de compra já identificados, veja algumas tendências capazes de transformar a experiência de compra por meio do design no varejo:

1 – Visual merchandising: storytelling e minimalismo

O visual merchandising, técnica que visa otimizar a apresentação de produtos por meio dos recursos visuais, também assume o papel de contar histórias. O ponto-chave é atrair e reter atenção pelos detalhes e elementos do ambiente com foco nos sonhos e emoções dos clientes. O storytelling, que já é muito utilizado no marketing, ao ser combinado com o VM pode ser um grande aliado nas estratégias de comunicação integrada, uma vez que é no ponto de venda – um espaço tridimensional – que as promessas feitas pela comunicação se concretizam.

Além disso, uma outra tendência é apostar em apresentações minimalistas, com estoques menos aparentes, mobiliários cada vez mais sofisticados e que reforçam o valor percebido dos produtos, além de uma iluminação que valorize o ambiente.

2 – O poder das mídias sociais: espaços instagramáveis

Como grande parte dos compradores participam ativamente das redes sociais, as empresas que estão projetando ou redesenhando seus locais físicos devem considerar um espaço esteticamente agradável para o qual os clientes queiram fotografar ou posar – assim que se sentirem seguros para fazê-lo. É necessário usar elementos criativos que inspiram os clientes a tirar fotos dentro da loja e compartilhá-las nas redes sociais. Este fenômeno de mídia social não apenas torna a experiência de compra interativa, como também é uma ótima maneira de empresas e negócios obterem marketing gratuito e promover ainda mais as marcas.

3 – “10 minutos de férias” por dia: espaços confortáveis e que lembram a casa

Muitas lojas de varejo também estão incluindo diferentes serviços que agregam uma experiência imersiva ao fazer compras fisicamente. Esses ambientes promovem micro momentos de descompressão aos clientes, ou então, “10 minutos de férias por dia”, desde as cadeiras confortáveis em uma cafeteria do local, espaços para eventos, demonstração e degustação de produtos, decoração minimalista que remete à lembrança da casa das pessoas, entre outros recursos.

4 – Tecnologia: interatividade e serviços omnichannel

O novo design de varejo pode disponibilizar wi-fi de alta velocidade por toda área da loja, abusar da comunicação digital por meio de telas e painéis de LED, além de apostar em serviços omnichannel, como por exemplo o BOPS – By Online e Pick Up in Store (compre online e retire na loja), por drive-thru ou lockers inteligentes, por exemplo. Ou ainda é possível disponibilizar plataformas digitais de e-store, nas quais o cliente que não encontrar algum produto de interesse na loja física pode fazer compras online, escolher e pagar pelos itens que serão entregues posteriormente em casa, com frete grátis.

Fernanda Dalben é diretora de marketing da rede de Supermercados Dalben.
Imagem: Envato/Arte/Mercado&Consumo

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