Com 9,3 mil imóveis residenciais comercializadas em novembro no município de São Paulo, o ano de 2024 já é o melhor da série na Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI). No ano, são 94,9 mil, superando em 24,7% o total de 2023 (76,1 mil unidades, que já havia sido recorde da série de vendas). Segundo o levantamento feito pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi com as incorporadoras, em 12 meses encerrados em novembro foram vendidas 101,9 unidades, também ultrapassando de forma inédita a marca de 100 mil. Em igual período de 2023, o acumulado em 12 meses somava 74,9 mil – o crescimento é de 36%.
Os resultados ainda parciais de 2024 superam a projeção feita no início do ano pelo Secovi de São Paulo. A entidade esperava “desempenho de estabilidade”. No caso de imóveis enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), a expectativa era de alta de 5% a 10%. Das 101,9 mil novas unidades em 12 meses, mais da metade (55%, 56,4 mil) é do programa governamental, com alta de 58% em relação ao acumulado em novembro de 2023 (35,6 mil), quando o MCMV representava 48% do total. No início de 2024, o Secovi-SP calculava em 2% o crescimento do PIB, que deve ficar em torno de 3,5%.
De acordo com a pesquisa da entidade, o mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou novembro com 56,6 mil unidades disponíveis para venda. Esse total inclui imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses – de dezembro de 2021 a novembro de 2024. Os dados recentes mostram quee predominam os imóveis de dois dormitórios. Em novembro, eles representaram 64% das unidades lançadas, 62% das vendas, 64% da oferta, 36% do Valor Global de Vendas (VGV) e 36% do Valor Global da Oferta (VGO). De janeiro a novembro, o VGV soma R$ 49,4 bilhões, ante R$ 43,9 bilhões no ano passado (+12,5%). Em relação à faixa de preço, unidades com valor de até R$ 264 mil foram 43% dos lançamentos de novembro.
Das unidades lançadas no penúltimo mês de 2024, a Zona Sul concentrou 40% (5,1 mil) além de 35% (3,3 mil) das vendas. Já o maior VGV foi da Zona Oeste (R$ 2,4 bilhões, 43% do total). Em 12 meses, o VGV da cidade é de R$ 53,8 bilhões, valor 18% maior que o acumulado há um ano (R$ 45,6 bilhões). O indicador de Vendas sobre Ofertas (VSO) é de 62,7% – porcentagem que mostra o total de vendas em relação às unidades ofertadas no mercado. Segundo os dados do anuário, o VSO médio foi de 52,5% em 2023 e de 52% no ano anterior.
Com informações de DC News.
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