Black Friday: Faturamento já passa de R$ 2,8 bilhões no Brasil

Segundo dados da Clearsale, a alta é de 0,5% na comparação com igual período no ano passado

Black Friday: Alimentos e Bebidas, Perfumaria e Cosméticos e Moda e Acessórios são destaque

A Black Friday, celebrada nesta sexta-feira (26) no mundo todo, já registra movimento maior do que a mesma data do ano passado aqui no Brasil. Segundo dados da Clearsale, o faturamento registrado até às 12h30 passava de R$ 2,82 bilhões, uma alta de 0,5% na comparação com igual período no ano passado.
A empresa, que atua na detecção de fraude em compras no comércio eletrônico, também contabilizou mais de 4 milhões de pedidos.

Apesar da crise econômica gerada pela pandemia e covid-19 e da inflação em alta, temas que os varejistas temiam que afetassem a Black Friday neste ano, o ticket médio nacional está 0,4% maior do que o do ano passado, na faixa de R$ 673,44. Moda e Acessórios, Beleza e Perfumaria, Telefonia, Alimentos e Bebidas e Eletroportáteis são as cinco categorias mais buscas pelos consumidores.

O site Reclame Aqui, que também acompanha as movimentações da Black Friday em tempo real, já registrou mais de 5.678 queixas relacionadas às compras na data. O volume é 17% maior que o mesmo período da edição de 2020. O site tem registrado uma média de mais de 138 reclamações por hora apenas sobre Black Friday neste ano.

Assim como na edição de 2020, grandes e-commerces figuram no ranking de empresas com mais queixas. Livros e pontos e milhas aparecem pela primeira vez no ranking de produtos que mais geram reclamações.

Além disso, segundo o Reclame Aqui, o surgimento de produtos de consumo como xampu, perfume e itens de hipermercados aponta para uma Black Friday em que consumidores buscam reduzir seu custo mensal mais do que aproveitar ofertas em relação a bens duráveis.

“Estamos vivendo a Black Friday da mercearia, o que deixa claro o momento inflacionário e difícil para as empresas e ainda mais para o consumidor. Itens de mercearia e higiene, por exemplo, são os únicos que restaram aos consumidores para buscar descontos reais, mostrando o momento contundente de inflação. De um lado estão as empresas sem conseguir fazer promoções, e do outro, os consumidores sem dinheiro”, analisa o CEO do Reclame Aqui Edu Neves.

O Reclame Aqui é muito usado não só para reclamar, mas para consulta de reputação das empresas, o que é especialmente importante num período em que as pessoas são mais sensíveis ao preço. Essas consultas também cresceram cerca de 15% em relação ao ano passado.

Imagem: Shutterstock

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